Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Carandiru: promotor exclui 21 mortes de acusação contra réus

Promotoria retirou a acusação pelas mortes de presos que estariam em outra área do andar invadido pela polícia

Por Da Redação
2 ago 2013, 12h21

Na reta final da segunda fase do julgamento do Carandiru, a promotoria pediu a redução do número de mortes pelas quais respondem os 25 policiais militares que estão em julgamento desde segunda-feira. Antes, eles eram acusados pelas mortes de 73 presos do segundo andar do pavilhão nove, invadido pela polícia durante uma rebelião em 2 de outubro de 1992. Agora, a acusação será por 52 mortes.

Segundo afirmou o promotor Fernando Pereira no início da sessão do júri desta sexta-feira, os PMs “não foram os responsáveis por elas [as mortes].” Algumas das 21 vítimas excluídas da acusação estariam em uma área do andar onde os réus não estiveram. Outras teriam morrido por golpes de arma branca, o que indicaria assassinato entre os próprios presos.

Leia ainda:

Carandiru: PMs condenados só cumprirão pena após 2020​

Acervo digital: O horror no Carandiru

Segundo informações do Tribunal de Justiça, Pereira deu início à fase de debates no quinto, e possivelmente último, dia de júri. O promotor terá três horas para apresentar os argumentos da acusação e, em seguida, será a vez da defesa. Caso não haja réplica nem tréplica, após o debate os jurados vão para a sala secreta onde decidirão se os réus são culpados ou inocentes. De acordo com o cronograma do juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, a decisão deve ser anunciada entre a noite desta sexta-feira e a madrugada de sábado.

Continua após a publicidade

O massacre – Em 2 de outubro de 1992, cerca de 340 policiais invadiram o pavilhão nove do Carandiru para conter uma rebelião na Casa de Detenção de São Paulo, parte do complexo presidiário. O comandante da operação era o coronel Ubiratan Guimarães.

Tudo caminhava para que os mais de 2 000 detentos fossem dominados e tranquilizados, até que os batalhões de choque chegaram ao segundo andar do pavilhão, o foco da revolta. Então, passou-se meia hora de execuções à queima-roupa. Armados com revólveres, escopetas e metralhadoras, os policiais executaram 111 presos. Do lado da polícia, nenhuma baixa.

A reação imediata do governo foi atrasar a contagem dos corpos e tentar ludibriar a imprensa por algumas horas para não atrapalhar o resultado das eleições que se realizariam no dia seguinte.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.