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Bombeiros grevistas preparam adesão aos protestos no Rio

Grupo de militares que comandou paralisações em 2011 e 2012 estará informalmente nos protestos desta segunda-feira. Assembleia esta semana vai decidir sobre adesão oficial aos atos contra o aumento das passagens

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 jun 2013, 14h46

Reunião entre policiais civis e militares e a cúpula da Secretaria de Segurança do Rio vai definir uma nova estratégia do estado em relação às manifestações

Os protestos marcados para as 17h desta segunda-feira, no Rio de Janeiro, devem ganhar um elemento a mais de tensão. O movimento SOS Bombeiros, que liderou os protestos de rua em 2011 e 2012, no Rio de Janeiro, deve aderir às manifestações nesta semana. A decisão será tomada depois de uma assembleia, ainda a ser marcada, para os próximos dias. Como houve prisões e expulsões depois dos protestos do ano passado, o grupo avalia os riscos e o formato da adesão, de forma a evitar prisões por insubordinação. A tendência é de que a lista de insatisfações, iniciada com o preço das passagens de ônibus, ganhe alguns itens – entre eles certamente os salários dos militares.

O vereador Márcio Garcia, do PR, que se elegeu depois de ganhar visibilidade como um dos líderes do movimento SOS Bombeiros, é um dos encarregados de mobilizar os militares. “Nesta segunda, alguns irão por conta própria, a meu convite. Em breve, será feita uma assembleia do movimento para decidir se apoia ou não. Acreditamos na tendência de adesão”, afirma.

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De acordo com Garcia, os bombeiros foram procurados por representantes do movimento pelo passe livre na semana passada. Desde então, começou um apoio informal ao protesto. Os líderes estudantis receberam orientações sobre como mobilizar o público – uma experiência que os bombeiros acumularam depois de tensas mobilizações, nos dois últimos anos.

O primeiro sinal visível de que há conselhos dos bombeiros por trás da mobilização é a adoção de um símbolo que circule pela cidade. Desde o fim de semana, começou a ser espalhado o pedido para que pessoas que apoiam a luta pelo passe livre usem roupas ou fitas brancas – portanto, qualquer semelhança com as fitinhas vermelhas adotadas por uma parte da população do Rio no ano passado, durante as reivindicações dos militares, não é mera coincidência.

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Garcia também orientou os manifestantes a adotar comportamento diferente em relação à Polícia Militar. “Eles têm que entender que a PM está trabalhando. E quem está batendo nele não é o PM, mas o governo. No movimento dos bombeiros, nunca entramos em confronto com polícia”, diz o vereador. Segundo Garcia, cerca de 500 guardas municipais estarão presentes no protesto desta segunda-feira, junto com militantes da causa da proteção aos animais. “A manifestação se tornará uma crítica ao modelo político”, diz.

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Conquistar a adesão de servidores da segurança pública é um dos objetivos do movimento pelo passe livre. Um vídeo publicado no último sábado conclama policiais a aderir à causa, explorando questões como os baixos salários e a rotina de violência – algo até certo ponto previsto na atividade do policial.

No Facebook, a página “Operação Pare o Aumento”, uma das principais reuniões de posts e comentários pró-manifestação, tem mais de 63.000 confirmações de presença nos atos desta segunda-feira. A página também traz uma lista de cidades indicadas como “confirmadas” na manifestação desta tarde.

Estratégia – Uma reunião entre policiais civis e militares e a cúpula da Secretaria de Segurança do Rio vai definir uma nova estratégia do estado em relação às manifestações. Assim como em São Paulo, a avaliação é de que os episódios recentes – o último deles o lançamento de bombas de gás lacrimogênio na Quinta da Boa Vista, para onde foi deslocado o protesto que seguia para o Maracanã – só fez crescer a visibilidade e a força dos grupos de jovens.

A Polícia Militar negou, em uma entrevista coletiva no início da noite de domingo, que tenham sido feitos disparos ou lançadas bombas dentro do parque. Os manifestantes, no entanto, insistem em afirmar que os policiais dispararam os artefatos no interior da Quinta da Boa Vista, assustando famílias e crianças que frequentam o local, uma das principais áreas de lazer gratuitas da Zona Norte.

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