TRE determina reforço de segurança em áreas de milícia e cidades que recebem royalties no Rio

Em reunião com Abin, Exército e as polícias Federal e Rodoviária, ficou definida a fiscalização em sete cidades, uma favela e uma zona onde atuam grupos paramilitares

Por Da Redação
24 jul 2012, 17h35

Em 2008, o deputado estadual Natalino Guimarães (DEM-RJ) é preso sob acusação de participar de milícia de justiça que atuaria em seu bairro. (Reprodução/VEJA)

A Justiça Eleitoral do Rio determinou reforço de segurança em sete municípios e na zona oeste da capital, área com forte presença de milicianos, para garantir a lisura na disputa pelos cargos de vereador e prefeito. As cidades foram anunciadas nesta terça-feira, em reunião do Centro de Controle e Comando das Eleições 2012, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ). As localidades selecionadas foram Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Itaboraí, Macaé, Magé, Rio das Ostras, São Gonçalo, zona oeste do Rio de Janeiro e Complexo da Maré, na zona norte da cidade. Todas as ações ficarão sob o controle do TRE.

Algumas das cidades que ganharão a fiscalização foram incluídas na lista por receberem vultosas quantias dos royalties do petróleo. No dia 16 deste mês, o presidente do Tribunal, Luiz Zveiter, afirmou ao site de VEJA que tomaria providências nesses municípios. “Em todo local onde entra muito dinheiro há briga acirrada”, disse. Na próxima semana, haverá uma grande operação, segundo o TRE, em um lugar ainda a ser definido pelo Centro de Controle e Comando, que é composto pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o Comando Militar do Leste, as Polícias Federal e Rodoviária Federal, a secretaria estadual de Segurança Pública e a Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.

A ação idealizada pelo Tribunal tenta barrar a possibilidade de eleitores serem coagidos por milicianos ou candidatos. O objetivo é garantir a liberdade de escolha do cidadão no processo eleitoral. Em 2008, por exemplo, alguns partidos e candidatos foram impedidos de entrar em localidades controladas por milícias ou por traficantes.