Willa é rebaixado para depressão tropical no México
Furacão causou blecautes e quedas de árvores; autoridades locais alertam para deslizamentos de terra e alagamentos
A tempestade Willa, que tocou o solo na terça-feira à noite como um furacão de categoria 3 na costa do Pacífico do México e obrigou mais de 4 200 pessoas a abandonar suas casas, foi rebaixado nesta quarta-feira (24) para depressão tropical.
O Centro Nacional de Furacões (NHC), com sede em Miami, informou no boletim mais recente que Willa ainda pode provocar fortes chuvas no centro-oeste e norte do México. Mas o fenômeno deve se dissipar nas próximas horas.
Willa provocou chuvas fortes depois de deixar blecautes e árvores caídas em seu rastro pelo litoral do México. Segundo as autoridades locais, nenhuma morte foi registrada até agora.
Antes de perder força, Willa afetou os estados de Sinaloa, Durango, Nayarit, Jalisco e Zacatecas, assim como a Ilhas Marias, onde fica uma prisão federal com quase 1.000 detentos, segundo a imprensa mexicana.
Como o solo está saturado, o Serviço Meteorológico Nacional (SMN) do México alertou para possíveis deslizamentos de terra e alagamentos.
De forma preventiva, o governo levou 4 250 pessoas para 58 abrigos temporários. Em um refúgio da comunidade de Escuinapa, Sinaloa, estavam reunidos 2 500 moradores, a maioria de pequenos vilarejos da região dedicados à pesca e onde as casas foram construídas com material frágil.
Muitos moradores estavam preocupados porque foram obrigados a abandonar seus poucos pertences.
O furacão foi um dos mais poderosos a atingir o México vindo do Pacífico nos últimos anos.
“Foi realmente forte”, disse Cecilia Crespo, porta-voz da polícia de Escuinapa, cidade costeira próxima de onde a tempestade abriu caminho terra adentro. “Derrubou árvores, postes, muros”, acrescentou ela por telefone. “Não há eletricidade”.
Willa chegou ao México a cerca de 80 quilômetros de Mazatlán, cidade grande e estância turística de Sinaloa. Ele alcançou a rara categoria 5 na segunda-feira (22), com ventos próximos de 260 km/h, antes de começar a perder força.
Em setembro, amplas zonas do Pacífico mexicano foram afetadas por fortes chuvas que deixaram pelo menos 15 mortos. Na semana passada, 11 pessoas, incluindo sete menores de idade, morreram em inundações em Oaxaca, na costa do Pacífico sul.
(Com AFP e Reuters)