Um avião privado financiado pelo site WikiLeaks está pronto para levar o americano Edward Snowden de Hong Kong para a Islândia, informou um porta-voz do site à imprensa islandesa. O ex-técnico da CIA revelou a existência do programa de espionagem Prism, que permite ao governo americano vasculhar gravações telefônicas e de internet, além do tráfego em redes sociais, de milhões de americanos. A revelação da rede secreta de bisbilhotagem se transformou no mais novo escândalo da gestão Obama e deixou estarrecidos os defensores das liberdades civis.
“Da nossa parte está tudo pronto e o avião pode decolar amanhã”, afirmou ao Channel 2 o empresário islandês Olafur Sigurvinsson, diretor do DataCell, sócio do WikiLeaks na Islândia que controla a arrecadação de fundos para o site. “Agora só temos que esperar pela confirmação do Ministério do Interior islandês”, disse Sigurvinsson.
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“Precisamos obter a confirmação do asilo e de que ele não será extraditado para os Estados Unidos. Gostaríamos muito que ele recebesse a cidadania também”, completou. O avião, um jato privado que pertence a uma empresa chinesa, foi alugado com o dinheiro das doações individuais obtidas através do WikiLeaks. De acordo com Sigurvinsson, a viagem de Snowden custará pelo menos 240.600 euros (cerca de 718 mil reais).
Asilo – Snowden, um ex-funcionário da empresa Booz Allen Hamilton que prestava serviços para a Agência de Segurança Nacional (NSA) no Havaí, estampou os jornais do mundo inteiro neste mês depois de fornecer detalhes dos programas de vigilância para os jornais The Guardian e Washington Post e fugir para Hong Kong.
No início desta semana, o porta-voz do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, disse que um intermediário o procurou em nome de Snowden para tentar buscar asilo na Islândia. O governo islandês, que se recusou a dizer se irá conceder asilo a Snowden, confirmou ter recebido a mensagem de Hrafnsson.
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O ex-técnico da CIA buscou refúgio em Hong Kong e disse que pretende lutar contra qualquer tentativa de extradição. O local escolhido por Snowden e a confiança no sistema legal local expressada por ele em uma entrevista a um jornal de Hong Kong levantaram a suspeita de que ele estaria a serviço do governo chinês. Ele nega.
(Com agência France-Presse)
VEJA Mercado - quinta, 2 de maio
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