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Equador diz que analisará possível pedido de asilo de ex-técnico da CIA

País que concedeu asilo ao hacker australiano Julian Assange diz que avaliaria uma eventual solicitação de Edward Snowden, que está em Hong Kong

Por Da Redação
17 jun 2013, 21h13

O ministro de Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, disse nesta segunda-feira que o país analisará uma eventual solicitação de asilo por parte do ex-técnico da CIA Edward Snowden, que admitiu ter vazado informações sobre programas secretos de vigilância do governo americano. “Se ele quiser solicitar asilo ao governo equatoriano, pode fazê-lo, e nós, com certeza, vamos analisar”.

O governo de Rafael Correa, reeleito em fevereiro, não perde a oportunidade de espezinhar os americanos. Tanto que concedeu asilo ao hacker australiano Julian Assange, que há um ano está asilado na embaixado do Equador em Londres. O próprio Assange “aconselhou” Snowden a buscar abrigo na América Latina, região que, em sua opinião, tem “uma longa tradição” na concessão de asilo.

Extradição – Em entrevista a um programa da rede PBS, Barack Obama disse que o caso envolvendo o vazamento de informações “foi encaminhado ao Departamento de Justiça para ser investigação criminal e possível extradição”. O ex-técnico da CIA buscou refúgio em Hong Kong e disse que pretende lutar contra qualquer tentativa de extradição. O local escolhido por Snowden e a confiança no sistema legal local expressada por ele em uma entrevista a um jornal de Hong Kong levantaram a suspeita de que ele estaria a serviço do governo chinês. O que ele nega.

Ao participar de um chat organizado pelo jornal britânico The Guardian nesta segunda, o delator voltou a dizer que só vazou as informações porque Obama aumentou as práticas “abusivas” em vez de acabar com elas, como havia prometido quando candidato. Independente das motivações de Snowden, suas revelações incitaram uma discussão relevante para as liberdades individuais nos Estados Unidos.

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“Cinco anos” – Já o objetivo de Assange, que considerou Snowden um “herói”, é legitimar a invasão eletrônica de sistemas e o roubo de informações de seus inimigos. Movido por um profundo antiamericanismo, ele demonstra afinidades com Rafael Correa, e também com o grupo xiita Hezbollah, do Líbano, e Vladimir Putin, da Rússia. Nesta segunda, sua situação foi tratada por Patiño e pelo chanceler britânico William Hague. Nenhum dos lados cedeu. Decidiu-se apenas estabelecer um grupo de trabalho para tentar resolver o impasse. “Os ministros concordaram que as autoridades devem estabelecer um grupo de trabalho para encontrar uma solução diplomática para a questão de Julian Assange, mas nenhum progresso substancial foi feito”, informou a chancelaria britânica em comunicado. O texto ressalta que qualquer solução deve seguir a lei local.

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Assange, que já se provou um mestre em esconder atitudes suspeitas ou criminosas sob uma máscara de civilidade, não pode deixar a embaixada equatoriana ou será preso pelas autoridades britânicas. Ele está fugindo da Justiça sueca, acusado de ter feito sexo não consensual com duas voluntárias do seu site, o WikiLeaks. Assange nega a acusação e diz ser vítima de uma perseguição internacional promovida pelos Estados Unidos, com o objetivo de condená-lo à pena de morte pelo vazamento de documentos militares e correspondência diplomática. Tese comprada pelo governo equatoriano.

O ministro de Correa disse a jornalistas que Assange “está forte o suficiente para continuar na embaixada por pelo menos mais cinco anos”. Acrescentou que seria “uma total injustiça” se ele tivesse de ficar mais tempo asilado. Fez ainda a defesa de que o hacker deve sair “pela porta da frente”. “Não vamos fazer Assange sair clandestinamente no porta-malas de um carro ou através de um túnel ou algo do tipo. O governo equatoriano não vai sair pela porta dos fundos, vamos sair orgulhosos pela porta da frente…Vamos assegurar que ele saia com liberdade – a liberdade de nosso país. É por isso que esperamos”.

(Com agência Reuters)

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