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‘Vejo coisas boas em Hitler’: o triste fim de Kanye West

Nem dois meses depois de ser repreendido (e perder um belo dinheiro) por comentários antissemitas, músico elogiou nazista

Por Da Redação Atualizado em 1 dez 2022, 18h38 - Publicado em 1 dez 2022, 15h52

Nem dois meses depois de ser repreendido (e perder um belo dinheiro) por comentários antissemitas, Kanye West, hoje chamado apenas de Ye, deu um passo além. Em uma entrevista em uma live comandada por Alex Jones, um porta-voz de teorias da conspiração da extrema direita, o músico elogiou nesta quinta-feira, 1, o nazista Adolf Hitler.

Em um momento da conversa, Jones afirmou que West está sendo “demonizado” e injustamente comparado com Hitler. Em resposta, o músico citou teorias conspiratórias antissemitas, falando logo em seguida especificamente sobre o nazista.

+ EUA: Kanye West anuncia que vai concorrer à Presidência em 2024

“Bem, também vejo coisas boas sobre Hitler”, alegou. “Eu amo todo mundo, e os judeus não vão me dizer ‘Você pode nos amar, e você pode amar o que estamos fazendo com você com os contratos, e você pode amar o que estamos empurrando com a pornografia’, mas esse cara que inventou as rodovias, inventou o próprio microfone que eu uso como músico, não dá pra dizer em voz alta que essa pessoa não fez algo de bom, e chega disso… todo ser humano tem algo de valor que trouxe à mesa, especialmente Hitler”.

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Logo depois, proferiu: “Eu amo judeus, mas eu também amo nazistas”.

Candidatura presidencial e controvérsias

Apesar de estar envolvido em um emaranhado de controvérsias, West anunciou no final de novembro que pretende concorrer à Presidência dos Estados Unidos em 2024, depois de uma campanha em 2020 que atraiu escassos 70 mil votos. Ele também afirmou ter pedido a Donald Trump para ser seu companheiro de chapa.

O anúncio foi feito depois que ele foi flagrado na residência e clube de golfe de Trump na Flórida, Mar-A-Lago, acompanhado por Nick Fuentes, um proeminente ativista do “nacionalismo branco” – movimento que procura garantir a “sobrevivência da raça branca” e da cultura e história dos estados historicamente de maioria branca.

West lança sua campanha em meio a uma série de controvérsias. Ele provocou uma enxurrada de críticas ao comparecer à Semana de Moda de Paris com uma camiseta com o slogan “White Lives Matter” (Vidas brancas importam) – frase adotada por supremacistas brancos, que começaram a usá-la em 2015 como resposta ao movimento Black Lives Matter (Vidas negras importam).

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West, então, alegou que seus críticos estavam sendo pagos por uma cabala secreta de judeus, uma teoria da conspiração comum entre antissemitas, e seguiu fazendo comentários antissemitas on-line e em entrevistas de televisão. Como consequência, ele foi dispensado por sua agência de talentos, enquanto empresas de moda como Gap, Adidas e Balenciaga disseram que não trabalhariam mais com ele.

O músico comentou posteriormente que havia perdido “US$ 2 bilhões em um dia”.

No início desta semana, a revista Rolling Stone relatou alegações de que West havia usado “pornografia, bullying e jogos mentais” para criar um “ambiente tóxico” entre os funcionários da Adidas que trabalhavam em sua marca de tênis, Yeezy. A empresa disse que abriu uma investigação independente sobre as alegações.

Sua candidatura de 2024 parece minimamente mais planejada. O rapper sugeriu que havia recrutado o radical comentarista de direita Milo Yiannopoulos como seu gerente de campanha. Ex-editor da publicação de direita Breitbart, Yiannopoulos foi amplamente rejeitado pela direita moderada depois que, em 2017, um vídeo em que ele fez um discurso tolerante à pedofilia viralizou. Ele se defendeu dizendo que os comentários eram “humor negro” e declarou sua “repulsa” pelo abuso sexual de menores.

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Mais recentemente, Yiannopolous trabalhou como estagiário para a congressista republicana Marjorie Taylor Greene, conhecida por apoiar as teorias da conspiração mais mirabolantes – desde reproduzir a narrativa de que houve fraude eleitoral contra Trump em 2020 até acusar figuras proeminentes do Partido Democrata (como Hillary Clinton) e estrelas de Hollywood de fazerem parte de uma gangue que apoia a pedofilia.

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