UE anuncia plano de realocar 40 mil imigrantes entre países membros
Proposta vale para sírios e eritreus que fogem de guerras e da fome em busca de asilo e de uma vida melhor. Alemanha, França e Espanha receberiam maior número de pessoas










A União Europeia (UE) anunciou nesta quarta-feira uma proposta para ajudar a Itália e a Grécia a gerenciar o grande fluxo de imigrantes que chegam através do Mar Mediterrâneo e obrigar os países do bloco que estão relutantes a partilhar os refugiados entre eles. A Comissão Executiva da UE sugeriu redistribuir 40.000 sírios e eritreus que chegaram à Itália e à Grécia nos últimos dois anos entre os países membros. Na primeira proposta, apresentada pelo órgão executivo da UE no início de maio, a ideia era acolher em território europeu 20.000 imigrantes.
Os imigrantes que buscam asilo representam 40% do número total de candidatos em clara necessidade de proteção internacional que entraram na Itália e na Grécia em 2014. Ressalta o comunicado da comissão. O documento traz novos dados sobre a imigração ilegal e aponta que somente neste ano, 80.000 pessoas desembarcaram na Europa em busca de uma vida melhor.
Leia também
Malásia começa a exumar centenas de corpos encontrados na floresta
Cameron anuncia medidas mais rigorosas para controlar imigração ilegal
Missão da UE devolverá imigrantes a porto de origem, diz secretário francês
De acordo com os planos da UE, Alemanha, França e Espanha receberiam a maioria dos imigrantes. Os critérios para estabelecer a proporção de quantas pessoas cada país receberia levaram em conta a estrutura das nações para absorver imigrantes e o tamanho de suas economias. A ideia de estabelecer quotas para reassentar imigrantes ilegais provocou críticas em alguns Estados da UE. Os governos da Grã-Bretanha, Irlanda e Dinamarca afirmaram que não vão participar do sistema e tampouco vão abrigar pessoas que entram na Europa ilegalmente. França, Espanha, Hungria, Eslováquia e Estónia também manifestaram a sua preocupação, e uma decisão final será tomada pelos governos da UE depois de uma votação no Parlamento europeu.
Ásia – Mais de 2.6000 imigrantes rohingyas e bengalis estão à deriva em águas do Sudeste Asiático à espera que um país que os acolha, indicaram nesta quarta-feira em Manila o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e a Organização das Nações Unidas para as Migrações (OIM). O representante do organismo da ONU nas Filipinas, Bernard Kerblat, disse em entrevista coletiva que este número é “conservador” e que trata-se de uma “estimativa aproximada”.
Kerblat insistiu na necessidade de mais meios de resgate e busca dos imigrantes para apoiar os países que se comprometeram com esta missão, como Tailândia, Malásia, Indonésia, Bangladesh, Mianmar, Turquia e Estados Unidos. No começo de mês, a Tailândia descobriu um campo clandestino de imigrantes na selva do sul do país e, em 6 de maio, o primeiro-ministro do país, Prayuth Chan-ocha, deu dez dias aos corpos de segurança para desmantelar toda a trama de tráfico de pessoas.
Leia mais
O desafio da imigração na Europa: problema enorme para soluções pequenas
Rumo à Europa, imigrantes enfrentam racismo, tortura e afogamento
Desde então, cerca de 3.000 bengalis e rohingyas desembarcaram na Indonésia e Malásia, países que a princípio tentaram rejeitar a onda de navios e devolvê-los a águas internacionais e que acabaram por aceitá-los temporariamente, sempre que a comunidade internacional se comprometa a situá-los em terceiros países e repatriá-los no prazo de um ano. Os rohingyas são uma minoria muçulmana não reconhecidos como cidadãos em Mianmar e nem em Bangladesh.
(Da redação)
Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se já é assinante, entre aqui. Assine para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.
Essa é uma matéria fechada para assinantes e não identificamos permissão de acesso na sua conta. Para tentar entrar com outro usuário, clique aqui ou adquira uma assinatura na oferta abaixo
Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique. Assine VEJA.
Impressa + Digital
Plano completo da VEJA! Acesso ilimitado aos conteúdos exclusivos em todos formatos: revista impressa, site com notícias 24h e revista digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Receba semanalmente VEJA impressa mais Acesso imediato às edições digitais no App.
Digital
Plano ilimitado para você que gosta de acompanhar diariamente os conteúdos exclusivos de VEJA no site, com notícias 24h e ter acesso a edição digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Edições da Veja liberadas no App de maneira imediata.