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Ucrânia demite funcionários de recrutamento militar por corrupção

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky diz que agentes receberam subornos para ajudarem possíveis recrutas a deixarem o país

Por Da Redação
11 ago 2023, 14h48

Em uma novação operação anticorrupção, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou nesta sexta-feira, 11, a demissão de mais de 30 funcionários do setor de recrutamento militar, após a comprovação de recebimento de suborno em dinheiro e criptomoedas. Ao tratar o episódio como “alta traição”, o líder ucraniano disse que a escolha de novos oficiais será baseada na análise do serviço de inteligência e na experiência em campo de batalha. 

Em vídeo publicado nas redes sociais, Zelensky comunicou que o abuso dos agentes teria ocorrido em diferentes regiões, como Donetsk, Poltava, Vinítsia, Odesa, Kiev e Lviv. Ele destaca, ainda, que o “sistema deve ser comandado por pessoas que sabem exatamente o que é a guerra e por que o cinismo e o suborno em tempos de guerra consistem em traição”.

+ Ucrânia só atende a 2 dos 7 requisitos para aderir à União Europeia

Além das denúncias de suborno, os oficiais enfrentam 112 imputações criminais ligadas ao auxílio para possíveis recrutas a deixarem a Ucrânia. Desde o início do conflito, em fevereiro do ano passado, os regulamentos ucranianos passaram a determinar que homens acima de 18 anos podem ser recrutados para lutar e que aqueles com menos de 60 anos estão proibidos de deixar o país.

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“A maneira como eles tratam os combatentes, a maneira como eles tratam seus deveres, é simplesmente imoral”, defende Zelensky.

O caso de corrupção que veio à tona após a realização de uma inspeção nos escritórios locais do exército ucraniano. Não é a primeira vez, no entanto, que o país lida com duras acusações. Em janeiro, 11 funcionários do governo foram demitidos sob alegações de corrupção, enquanto o chefe da Suprema Corte do país foi detido por suborno em maio.

Entre 180 nações, a Ucrânia ocupa a 116º posição no ranking do Índice de Percepção de Corrupção da Transparência Internacional, apesar dos esforços recentes que visam combater o problema.

A frequência dos crimes prejudica, ainda, a entrada do país na União Europeia. Em junho, o bloco anunciou que o governo de Zelensky atendia apenas dois dos sete requisitos para a adesão. Entre os pontos não acolhidos estariam medidas contra a lavagem de dinheiro, leis de controle de oligarcas e a defesa de direitos das minorias nacionais.

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