As autoridades da Turquia começaram nesta terça-feira a retirar os moradores da cidade de Karkamis, situada na fronteira com a Síria, e que foi alvo de bombardeios nos últimos dois dias. Os ataques partem da cidade síria de Jarablus, dominada pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI), do outro lado da fronteira.
Foram lançados cinco morteiros, três na noite de segunda-feira e dois nesta terça, sobre o município turco de cerca de 10.000 habitantes, situado na província de Gaziantep, a poucos metros da fronteira, sem causar vítimas.
A ordem para a evacuação da cidade foi dada por alto-falantes. O governo enviou alguns micro-ônibus para retirar os moradores que não possuem carros, segundo a rede britânica BBC.
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Inicialmente, os moradores foram aconselhados a permanecer em suas casas, mas após o impacto de um morteiro no jardim do prédio da prefeitura de Karkamis, foi tomada a decisão de evacuar a cidade.
Conflito na fronteira
Na noite de sábado, mais de 50 pessoas morreram em um ataque cometido por um homem-bomba com idade entre 12 e 14 anos em um festa de casamento em Gaziantep. Mulheres e crianças, incluindo um bebê de três meses, estavam entre os mortos.
As unidades de artilharia da Turquia situadas na fronteira responderam os últimos ataques com bombardeios a posições do Estado Islâmico em Jarablus. Os turcos acompanham com apreensão os fatos na fronteira, pois combates entre o EI e as Forças da Síria Democrática, uma aliança de milícias lideradas pela aliança curdo-síria YPG, avançam em direção ao norte, respaldadas pelos Estados Unidos.
O ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, garantiu hoje em entrevista coletiva que Ancara “apoia a operação em Jarablus” contra o EI. “Segue nossa luta contra as organizações terroristas no interior e exterior do país. Continua na Síria e Iraque. Continua contra o PKK (a guerrilha curda da Turquia), o YPG e o EI”, afirmou o ministro, de acordo com o jornal Hurriyet.
A faixa entre o reduto curdo de Afrin e as regiões, também curdas, ao leste de Jarablus, é a última sob o domínio do EI que fazem fronteira com a Turquia.
Ancara reiterou que não permitirá que as milícias YPG expulsem os jihadistas desta faixa para evitar que seja estabelecida uma região autônoma sob controle curdo ao longo de quase toda a fronteira sírio-turca.
(Com EFE)
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