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Tunisanos protestam por direitos da mulher e contra governo

Protestos foram iniciados após a polêmica provocada por um artigo da Constituição que ameaça os direitos da mulher. Greve geral também desafia governo

Por Da Redação
14 ago 2012, 21h00

A cidade de Sidi Bouzid, berço da revolução tunisiana de 2011, foi palco nesta terça-feira de manifestações contra o governo, que também enfrenta uma greve geral com forte adesão, segundo diversas fontes. Além disso, milhares de tunisianos protestaram na noite de segunda-feira contra as ameaças aos direitos da mulher e contra o partido islâmico Ennahda, que controla o país.

O movimento da segunda-feira, convocado por organizações feministas, de defesa dos direitos humanos e da oposição, foi organizado no dia do aniversário da promulgação do Código de Estatuto Pessoal, de 13 de agosto de 1956, que reúne um conjunto de leis que instaurou a igualdade dos sexos em vários aspectos.

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Os manifestantes e grevistas protestaram contra a repressão a movimentos anteriores, de julho e da semana passada, e reivindicaram a libertação de pessoas detidas nos episódios. A manifestação reuniu centenas de pessoas, entre opositores políticos, sindicatos e representantes dos empresários. “O povo quer a queda do regime”, cantavam os manifestantes, que exigiam a libertação das cerca de 40 pessoas detidas na região desde o fim de julho.

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Na quinta-feira passada, em torno de 800 manifestantes protestaram contra uma intervenção policial e contra o governo, dominado pelo partido islâmico Ennahda. Eles atiraram pedras contra as forças policiais, que respondeu com balas de borracha e gás lacrimogêneo. Ennahda está no centro de uma polêmica provocada por um projeto de artigo da Constituição adotado na Assembleia Nacional Constituinte no dia primeiro de agosto e que ameaça os direitos da mulher.

O partido islamita, à frente de uma coalizão formada com dois partidos de centro-esquerda, desmente querer afetar as prerrogativas da mulher e afirma que a igualdade entre os sexos está mencionada no preâmbulo da futura Carta Magna.

Ramadã – Segundo jornalistas no local, apenas açougues foram abertos, para que os muçulmanos pudessem fazer suas compras para a Noite do Destino, que celebra a revelação do Corão ao profeta Maomé durante o mês de jejum do Ramadã. De acordo com um membro da Frente do 17 de Dezembro, uma das organizações que convocaram a greve, houve 90% de adesão ao movimento.

(Com agência AFP)

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