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Trump e Cruz trocam farpas no sexto debate republicano

Os dois pré-candidatos que lideram a disputa deixaram a cortesia de lado e partiram para o ataque mútuo. Dirigentes do partido já não escodem o desconforto com o magnata

Por Da Redação
15 jan 2016, 06h34

No sexto e último debate antes do início das primárias republicanas nos Estados Unidos, na quinta-feira, os principais pré-candidatos do partido à Presidência, o bilionário Donald Trump e o senador Ted Cruz, deixaram de lado meses de cortesias e protagonizaram uma explosiva discussão. Os dois trocaram farpas sobre os valores conservadores e o argumento de Trump de que Cruz, um senador ultraconservador nascido no Canadá, está eventualmente impedido de ser eleito presidente dos Estados Unidos.

“Em setembro, meu amigo Donald disse que seus advogados estavam revisando o tema de todos os ângulos e não havia nada”, disse Cruz. “Agora, desde setembro a Constituição não mudou, mas os números das pesquisas sim”, completou, em referência ao seu avanço entre os eleitores desde o fim do ano passado. A Constituição dos Estados Unidos estabelece que para ter a possibilidade de ser eleito presidente, o candidato tem que ser um “cidadão natural de nascimento”. Porém, esta é uma condição ambígua: exclui os cidadãos naturalizados, mas não define o que é um cidadão “natural”.

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Cruz, que tem mãe americana e pai cubano, afirmou que não existem dúvidas. “O filho de um cidadão americano nascido no exterior é um cidadão natural de nascimento”, disse. Ele chegou a afirmar que Trump, cuja mãe nasceu na Escócia, estaria desqualificando a si mesmo da disputa com sua alegação. “Mas eu nasci aqui. Grande diferença”, respondeu Trump. Há um grande ponto de interrogação sobre a sua cabeça e não pode fazer isto com o partido”, completou o magnata, que lidera a disputa republicana há seis meses. O debate representou o fim declarado da cortesia entre os dois, que dominam as preferências dos eleitores conservadores com estilos similares: uma retórica incendiária e uma plataforma de rejeição aos refugiados de sírios, com o apoio à construção de um muro na fronteira e a expulsão de milhões de imigrantes sem documentos dos Estados Unidos.

Republicanos contra Trump – A menos de duas semanas da primeira votação das primárias (1 de fevereiro em Iowa), e depois de evitar por meses ferir as suscetibilidades de Trump, os dirigentes do Partido Republicano começam a subir o tom contra o magnata, com mais receio de sua retórica xenófoba do que do risco de uma candidatura independente. A jovem e carismática governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, criticou Trump durante a resposta oficial republicana ao discurso anual sobre o Estado da União do presidente Barack Obama.

Com um apelo aos republicanos para que resistam às “vozes mais raivosas”, Haley, filha de imigrantes indianos e possível candidata à vice-presidência, disparou ao mesmo tempo contra Trump e contra Obama. Trump chamou Haley de “amiga”, mas as críticas ressaltam uma disputa entre a base conservadora atraída pelo tom bombástico do magnata populista e o establishment do Partido Republicano.

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Apesar de a direção republicana atacar o pré-candidato que domina a disputa há seis meses, no fundo existe o medo ante as eleições gerais de novembro. A liderança do partido teme que Donald Trump isole minorias cruciais como os latinos e não consiga unir de maneira suficiente a direita e o centro para enfrentar Hillary Clinton, a pré-candidata favorita entre os democratas.

(Da redação)

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