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Trump acusa presença de jihadistas na caravana de migrantes

Centro-americanos retomam marcha amanhã de Huixtla, no México; governo mexicano dá assistência e evita confronto

Por Da Redação
Atualizado em 23 out 2018, 21h54 - Publicado em 23 out 2018, 18h30

A Casa Branca adotou um argumento oportuno — a presença de jihadistas — para reagir contra os cerca de 7.000 integrantes de uma caravana de centro-americanos que pretendem ingressar, como imigrantes e refugiados, nos Estados Unidos. Sem apresentar provas, o presidente americano, Donald Trump, e o vice, Mike Pence, acusaram a caravana de abrigar potenciais terroristas, segundo a rede de televisão CNN.

“Peguem sua câmera, vão para o meio da caravana e procurem. Vocês vão achar MS-13. Vocês vão achar o Oriente Médio“, disse Trump à imprensa, referindo-se à violenta gangue Mara Salvatrucha (MS-13), originada em Los Angeles. “Vocês vão encontrar de tudo. E adivinhem: não não vamos permitir que entrem no nosso país.”

“É inconcebível que não haja pessoas do Oriente Médio em uma multidão de mais de 7.000 pessoas avançando para a nossa fronteira”, afirmou Pence. “Nós vamos fazer o que estiver em nosso poder para impedir esta caravana de vir para o Norte e violar nossa fronteira.”

O discurso combinado de Trump e de Pence prepara o caminho para uma agressiva recepção aos emigrantes de Honduras e Guatemala, que avançam pelo território do México em direção à fronteira sul dos Estados Unidos. Embora ameaçado por Washington, o governo mexicano não tem impedido a assistência aos emigrantes e coletou 1.699 pedidos de refúgio no país e outros 495 de retorno a Honduras.

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Segundo o jornal El Universal, a Prefeitura da Cidade do México pretende enviar brigadas com 150 especialistas nas áreas médica e psicológica, educacional e de assistência social  para atendimento aos emigrantes. Um grupo de mulheres da região montanhosa de Veracruz autodenominado As Patroas prepara um refeitório para os emigrantes, sacolas de alimentos e artigos de higiene pessoal para adultos e crianças. Entidades locais têm colocado abrigos e alimentos à disposição dos centro-americanos.

O governo federal do México, até o momento, não tomou nenhuma medida de força contra os emigrantes, com exceção da tentativa de barrá-los na sua fronteira com a Guatemala. “As secretarias de Governo e de relações exteriores mantêm ativa fase de auxílio e de atenção humanitária em apoio aos migrantes centro-americanos que ingressaram no território nacional no último final de semana”, afirmou o governo mexicano, por meio de comunicado.

Parte dos emigrantes continua aglomerada e, nesta terça-feira, descansa em Huixtla, no estado de Chiapas, depois da morte de um hondurenho que caíra de um caminhão. A jornada será retomada amanhã, em direção à cidade de Mapastepec. Outros se dispersaram pelo México, procurando vias próprias de alcançar a fronteira com os Estados Unidos.

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De Huixtla até a cidade americana mais próxima, Brownsville, no Texas, a distância a ser percorrida é de 1.714 quilômetros. Iniciada em San Pedro Sula, em Honduras, a caravana foi convocada pelas redes sociais e reuniu cerca de 4.000 pessoas. Mais migrantes se juntaram ao movimento na Guatemala.

Os migrantes fogem das raras oportunidades econômicas oferecidas por seus países e das violentas gangues (maras) que dominam a América Central.

 

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