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Terrorista de Oslo tenta inscrição em curso universitário

Anders Behring Breivik, condenado pela morte de 77 pessoas em 2011, enviou um pedido de admissão para cursar ciências políticas na Universidade de Oslo

Por Da Redação
1 ago 2013, 14h06

O terrorista Anders Behring Breivik, condenado à pena máxima de 21 anos na Noruega por executar o ataque a bomba que matou 77 pessoas em Oslo, em 2011, se inscreveu como postulante a uma das vagas do curso de ciências políticas da renomada Universidade de Oslo. De acordo com a rede CNN, o reitor da faculdade, Petter Ottersen, se negou a confirmar a informação devido às regras de confidencialidade entre a diretoria e os candidatos. Mas, segundo a ministra da Educação, Kristin Halvorsen, o criminoso de fato enviou um pedido de admissão à reitoria. Embora a universidade ainda não tenha se pronunciado, Kristin disse que a inscrição havia sido rejeitada.

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Breivik cumpre a sentença na prisão de segurança máxima Ila, localizada em Akershsus, nas imediações de Oslo. O prisioneiro tem um espaço próprio para fazer exercícios físicos, estudar e ler na penitenciária. Contudo, a possibilidade de o terrorista ter a chance de cursar uma das principais universidades da Noruega irritou a população. “Seria muito desconfortável conviver com ele na mesma sala de aula. Nós não podemos esperar que as pessoas aceitem isso”, disse Anders Langerod, um dos sobreviventes do massacre de Oslo que terminou o curso de ciências políticas no ano passado.

A ministra da Educação afirmou na quarta-feira que a pasta estava revendo as regras para prisioneiros estudarem, mas não sinalizou qualquer mudança no regimento. Kristin, no entanto, deu a entender que Breivik não havia sido aprovado nos critérios de admissão estipulados pela universidade. Ela reforçou que os alunos que cumprissem com as regras deste procedimento não poderiam ser excluídos do processo sem uma justificativa plausível – como ser uma ameaça aos estudantes ou funcionários. “Para um prisioneiro de alta segurança como Breivik, o curso seria uma espécie de estudo individual na cela, exames na cela e possivelmente chamadas orais na prisão”, disse a ministra.

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O diretor da prisão de Ila, Knut Bjarkeid, disse nesta quinta-feira que concordava com a solicitação enviada por Breivik à universidade. “É possível organizar isso desde que ele seja aceito pela universidade”, declarou à agência France-Presse. Bjarkeid indicou que o terrorista teria de se corresponder com os professores através de cartas, já que ele não possui acesso à internet na penitenciária.

Histórico – Após considerar Breivik mentalmente saudável, o tribunal determinou que terrorista deveria cumprir ao menos dez dos 21 anos antes de ter a pena revista. A sentença, contudo, poderá ser prolongada de forma indefinida se as autoridades considerarem que o criminoso ainda oferece perigo para a sociedade.

Motivado por ideais de extrema direita, Breivik havia expressado sua vontade de estudar ciências políticas e escrever livros por meio de declarações reproduzidas por seu advogado. Geir Lippestad, um dos representantes do criminoso, disse a uma afiliada da CNN que o seu cliente tentou formar um partido político em sua cela, mas não obteve sucesso. “O projeto político dele não está acabado. Ele tem opiniões formadas de extrema direita e ainda está trabalhando para convencer os outros a aceitarem estas mesmas opiniões”, afirmou. O advogado considerou, ainda, que manter Breivik indefinidamente na prisão sem nenhuma atividade seria um tratamento “próximo da tortura”.

(Com agência France-Presse)

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