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Tribunal diz que Breivik não é insano e o condena a 21 anos

Autor dos atentados que traumatizaram a Noruega em 2011 matou 77 pessoas

Por Da Redação
24 ago 2012, 06h43

Por unanimidade, o Tribunal de Oslo considerou nesta sexta-feira o extremista Anders Behring Breivik, que matou 77 pessoas nos atentados de julho de 2011 na Noruega, mentalmente responsável por seus atos e o condenou a 21 anos de prisão, pena máxima prevista no caso. O sistema penal norueguês prevê, no entanto, a possibilidade de prorrogação da prisão.

Entenda o caso

  1. • No dia 22 de julho de 2011, dois ataques coordenados espalham pânico pela capital norueguesa, Oslo, deixando 77 mortos.
  2. • No primeiro, um carro-bomba explodiu no distrito governamental atingindo a sede do governo e matando oito pessoas.
  3. • Pouco tempo depois, um homem invade a ilha de Utoya e atira a esmo contra um acampamento da juventude social-democrata, matando 69 pessoas.
  4. • O norueguês ultradireitista Anders Behring Breivik, de 32 anos, é preso e assume a autoria dos atentados.

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O acusado ouviu o veredicto com um sorriso irônico, depois de ter feito uma saudação de extrema-direita na entrada do tribunal. Breivik havia dito que uma declaração de insanidade seria, para ele, “pior do que a morte”. A pena aplicada pela juíza sueca Wenche Elizabeth Artnzen impede que pedidos de liberdade condicional sejam apreciados antes de transcorrido um período de 10 anos.

A saúde mental do réu era a questão mais polêmica do julgamento, que durou de 16 de abril a 22 de junho – apenas o veredicto foi anunciado nesta sexta-feira. Uma primeira análise psiquiátrica concluiu que Breivik não era penalmente responsável, mas a segunda análise o considerou mentalmente responsável por seus atos.

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Breivik admitiu ser o autor dos homicídios, mas se declarou inocente: ele alegou ter cometido “atos atrozes, mas necessários” para salvar a Noruega do multiculturalismo. Ele queria ser reconhecido como mentalmente capaz para legitimar sua ideologia racista e xenófoba e deu a entender durante o julgamento que não recorreria no caso de condenação a uma pena de prisão, e não de internação psiquiátrica.

Massacre – No dia 22 de julho de 2011, Breivik estacionou uma caminhonete carregada com quase uma tonelada de explosivos em frente a um edifício em Oslo que abrigava o escritório do primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, que neste momento se encontrava em sua residência oficial. Após este atentado, que deixou oito mortos, Breivik se dirigiu à ilha de Utoeya e começou a disparar contra jovens que participavam de uma reunião da juventude trabalhista. Neste atentado morreram 69 pessoas, em sua maioria adolescentes. No total, 77 pessoas perderam a vida nos dois crimes.

Os ataques traumatizaram a nação escandinava e colocaram em evidência a falta de preparação das autoridades, principalmente da polícia, cujo chefe, Oeystein Maeland, apresentou sua renúncia. Pouco antes da destituição, foi divulgado um relatório que concluía que o criminoso poderia ter sido detido naquele dia, antes de realizar o massacre. Apesar de ter reconhecido os incidentes, Breivik declarou-se inocente e pediu sua absolvição, afirmando ter cometido os ataques para proteger o país da “invasão muçulmana” e explicando que atacou os trabalhistas por sua política de imigração favorável ao multiculturalismo.

(Com agência France-Presse)

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