Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Temperatura da Terra em 2018 foi a quarta mais alta em 140 anos

Compromissos de redução das emissões de gases do efeito estufa para evitar aumento de 2ºC até o fim do século são considerados insuficientes por cientistas

Por Da Redação
Atualizado em 6 fev 2019, 18h28 - Publicado em 6 fev 2019, 18h20

A temperatura média da superfície da Terra em 2018 foi a quarta mais alta em quase 140 anos, segundo estudos feitos pela Nasa e pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (Noaa, na sigla em inglês), dos Estados Unidos. No ano passado, houve aumento de 0,83°C em relação à média da temperatura entre 1951 e 1980.

Essa constatação significa que a temperatura média do planeta em 2018 está entre as mais altas desde 1880. Só fica atrás daquelas registradas em 2015, 2016 e 2017. Traz também a evidência de que a mudança climática é realidade e que as medidas para detê-lo são urgentes.

“Os impactos de longo prazo do aquecimento global já estão sendo sentidos em enchentes litorâneas, ondas de calor, precipitação intensa e mudanças no ecossistema”, explicou Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa e responsável pelo estudo das temperaturas globais.

Segundo Schmidt, os cinco anos mais quentes na história foram exatamente os últimos cinco. A temperatura média anual mais alta registrada até hoje foi a de 2016.

Os dados de temperatura foram coletados por milhares de estações meteorológicas ao redor do mundo e analisados ​​para corrigir qualquer distorção que possa ter sido causada​​ pela proximidade de áreas urbanas produtoras de calor ou outras condições.

Continua após a publicidade

“A tendência de longo prazo das temperaturas é muito mais importante que o ranking de anos individuais, e essa tendência é de elevação”, disse o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Petteri Taalas, em um comunicado.

Há amplo consenso entre os cientistas de que o aquecimento global é causado principalmente pela atividade humana. Em particular, a queima de combustíveis fósseis aumenta os níveis atmosféricos de dióxido de carbono e de outros gases do efeito estufa. Esses gases aumentam a temperatura da Terra, pois prendem o calor do sol em nossa superfície.

Para combater o aquecimento, quase 200 governos adotaram o Acordo de Paris sobre Mudança Climática, de 2015. O acordo traz compromissos de eliminar gradualmente o uso de combustíveis fósseis com a finalidade de impedir a elevação de 2ºC na temperatura média da Terra até o final deste século, em relação à da era pré-industrial.

Há expectativa no meio científico de que os países façam esforços adicionais para limitar esse aumento de temperatura a 1,5ºC. A iniciativa, contudo, até agora se mostrou ineficiente para conter a elevação da temperatura global e todos os seus efeitos.

Os eventos climáticos extremos de 2018 incluíram incêndios florestais no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, e na Grécia, seca na África do Sul e enchentes em Kerala, na Índia. Todos estão relacionados ao aquecimento global.

Como os padrões climáticos variam em todo o mundo, nem todas as regiões experimentaram a mesma tendência de aquecimento. O aumento na temperatura foi mais significativo nas regiões polares. Cientistas vêm observando a contínua perda de gelo marinho no Ártico e o encolhimento das camadas de gelo da Groenlândia e da Antártida.

Em torno da Antártida, a extensão do gelo marinho apresenta uma baixa recorde neste início de 2019, de acordo com o Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos EUA.

Austrália também já registrou o mês de janeiro mais quente da história em 2019, com as temperaturas médias ultrapassando os 30 graus pela primeira vez. A cidade de São Paulo marcou temperaturas altíssimas, que tornaram o mês de janeiro deste ano o segundo maior na média histórica desde que as medições começaram a ser feitas em 1943. Com média de 31,8ºC, o último mês perdeu apenas para janeiro de 2014, com 31,9ºC.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.