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Taiwan ‘se prepara para guerra’ enquanto China faz exercícios militares

Pequim fez disparos reais nas águas e no espaço aéreo ao redor de Taiwan, após a visita da líder da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha

Por Amanda Péchy
Atualizado em 4 ago 2022, 17h24 - Publicado em 4 ago 2022, 09h16

O Exército de Libertação Popular da China iniciou, nesta quinta-feira, 4, exercícios militares ao redor de Taiwan, incluindo disparos reais nas águas e no espaço aéreo ao redor da ilha. Os exercícios, distribuídos em sete locais diferentes, devem terminar apenas no domingo.

A demonstração de força se segue à visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan. A viagem foi condenada por Pequim há semanas, que reivindica a ilha autogovernada como sua.

Segundo o Ministério da Defesa de Taiwan, os exercícios militares chineses desafiam a lei internacional e equivalem a um bloqueio de seu espaço marítimo e aéreo. Voos e navios ainda podiam chegar a Taiwan, mas teriam sido aconselhados a encontrar rotas alternativas.

Dez minutos antes do início dos exercícios, a Defesa divulgou um comunicado acusando o governo chinês de “comportamento irracional” com seus exercícios de tiro real, dizendo que eles tinham “a intenção de mudar o status quo e perturbar a paz e a estabilidade regionais”.

Os locais de exercício circundam a ilha em uma formação sem precedentes – algumas das zonas se sobrepõem às águas territoriais de Taiwan e estão próximas aos principais portos de embarque –, indicando que uma operação militar real contra Taiwan poderia acontecer.

Forças chinesas atuam em duas áreas na costa norte da ilha, e podem potencialmente isolar o importante porto de Keelung. Outros ataques podem ser lançados de uma área a leste de Taiwan, visando as bases militares em Hualien e Taidong.

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As forças armadas de Taiwan disseram que estão “se planejando para um eventual conflito” depois do início dos exercícios de Pequim.

“O Ministério da Defesa Nacional destaca que vai manter o princípio de se preparar para a guerra sem buscar a guerra e com uma atitude de não escalar conflitos e causar disputas”, afirmou a pasta. “O exército nacional continuará a fortalecer seu alerta e os soldados em todos os níveis realizarão treinamento diário.”

O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan disse que “condena fortemente” Pequim por “seguir o exemplo da Coreia do Norte ao testar mísseis deliberadamente em águas próximas a outros países”. Taipei também pediu à comunidade internacional que “condene a coerção militar da China”.

Pelosi chegou a Taipei na noite de terça-feira 2, sob intenso escrutínio global. Ela conheceu a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, bem como outros líderes políticos e empresariais e dissidentes. A líder da Câmara disse que a solidariedade dos Estados Unidos com Taiwan é “crucial” para enfrentar uma China cada vez mais autoritária.

O governo da China reagiu com fúria à visita desde que o plano vazou algumas semanas atrás. Pequim alertou sobre contramedidas – uma ameaça frequentemente ouvida em resposta a atos estrangeiros de apoio a Taiwan, mas que gerou níveis mais altos do que o normal de preocupação dos observadores da China.

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Analistas sugeriram que Pequim se encurralou com sua retórica intensificada e teria que realizar uma demonstração de força muito maior do que o normal, se não quisesse perder credibilidade.

Na quinta-feira, as ameaças e a retórica das autoridades chinesas continuaram. O embaixador da China na França, Lu Shaye, disse que o povo taiwanês seria “reeducado” após qualquer anexação bem-sucedida pela China, em uma entrevista na televisão francesa.

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