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Taiwan: China retoma exercícios militares após cortar negociações com EUA

Ataques antissubmarino e exercícios de ofensivas marítimas começam, enquanto Pequim mantém pressão sobre as defesas de Taiwan

Por Da Redação
8 ago 2022, 09h08

As forças armadas da China anunciaram nesta segunda-feira, 8, novos exercícios perto de Taiwan, incluindo ataques antissubmarino e operações marítimas, apenas um dia depois do fim dos seus principais exercícios com munições reais contra o território. O Ministério da Defesa também defendeu o arquivamento das negociações militares com os Estados Unidos em protesto contra a visita da líder da Câmara, Nancy Pelosi, a Taipei.

Na semana passada, o Exército de Libertação Popular usou exercícios militares para pressionar Taiwan, com previsão de término para o domingo 7. Os alertas da ilha chegaram a ser retirados e o tráfego marítimo e aéreo foi retomado normalmente, mas nesta segunda-feira o Comando do Teatro Oriental da China anunciou que realizaria mais exercícios, confirmando temores de analistas de segurança e diplomatas de que Pequim manteria pressão sobre as defesas de Taiwan.

A China não forneceu mais detalhes e não ficou claro quando os exercícios começariam. Em uma coletiva de imprensa na segunda-feira, um porta-voz do Ministério da Defesa de Taiwan disse que estava monitorando a situação.

Separadamente, o Exército de Libertação Popular também anunciou exercícios com munição verdadeira no Mar Amarelo, de domingo até 15 de agosto, em cinco zonas de exclusão. As autoridades de Taiwan disseram que as áreas não afetariam suas rotas de voos internacionais.

A visita de Pelosi na semana passada enfureceu a China, que considera Taiwan seu próprio território e respondeu com testes de lançamentos de mísseis sobre Taipei pela primeira vez, além de abandonar algumas linhas de diálogo com Washington.

O Ministério da Defesa da ilha disse que navios, aeronaves e drones militares chineses simularam ataques à ilha e sua marinha e realizaram várias incursões marítimas em aéreas na linha mediana, considerado limite do território marítimo de Taiwan.

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Cerca de 10 navios de guerra da China e de Taiwan navegaram de perto na linha no domingo. O Ministério da Defesa de Taiwan disse que enviou aeronaves e navios para reagir “apropriadamente”.

Na coletiva de imprensa de segunda-feira, o porta-voz do ministério disse que nenhuma embarcação do exército chinês entrou nas águas territoriais de Taiwan, estendendo-se a 12 milhas náuticas de seu litoral, durante os exercícios. Segundo ele, militares também identificaram vários ataques cibernéticos, supostamente vindos da China, além de 272 tentativas de espalhar desinformação.

Em meio às respostas furiosas, a China também cancelou negociações formais com os Estados Unidos para coordenação de políticas de defesa e consultas marítimas militares na sexta-feira, quando Pelosi deixou a Ásia após uma turnê de alguns dias.

O porta-voz do Ministério da Defesa da China, Wu Qian, defendeu a decisão de suspender os canais de negociações militares.

“A atual situação tensa no estreito de Taiwan é inteiramente provocada e criada pelo lado dos Estados Unidos por sua própria iniciativa, e o lado dos Estados Unidosdeve assumir total responsabilidade e sérias consequências por isso. Comunicação requer sinceridade”, disse Wu.

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+ Visita de Nancy Pelosi eleva tensão em Taiwan e põe mundo em alerta

Funcionários do Pentágono, do Departamento de Estado e da Casa Branca condenaram a medida, descrevendo-a como uma reação exagerada e irresponsável.

O corte da China de alguns de seus poucos elos de comunicação com os militares dos Estados Unidos aumenta o risco de uma escalada nas tensões sobre Taiwan em um momento crítico. Segundo o jornal The Guardian, uma autoridade americana afirmou que os chineses não responderam a telefonemas de altos funcionários do Pentágono em meio às tensões na semana passada.

Questionado diretamente sobre esses relatos, Wu disse: “As contramedidas relevantes da China são um aviso necessário às provocações dos Estados Unidos e de Taiwan e uma legítima defesa da soberania e segurança nacionais”.

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