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Socialistas vencem em Portugal e conquistam maioria absoluta no Parlamento

Eleição concretiza avanço expressivo do Chega, da extrema-direita, dois anos depois de conseguir seu primeiro assento na Assembleia da República

Por Da Redação 31 jan 2022, 08h43
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  • Em um resultado visto como surpreendente, o Partido Socialista, do primeiro-ministro António Costa, venceu neste domingo, 30, as eleições legislativas de Portugal, garantindo maioria absoluta no Parlamento. No comando do governo desde 2015, o partido obteve quase 42% dos votos, com 117 dos 230 assentos na Assembleia da República.

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    Pesquisas de intenção de voto divulgadas na última semana da campanha mostravam um empate técnico entre o Partido Socialista e a maior sigla da oposição, o Partido Social-Democrata, da centro-direita. Os sociais democratas, no entanto, tiveram  cerca de 28% dos votos e 71 cadeiras.

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    Antes previstas para 2023, as eleições foram antecipadas após o governo de Costa fracassar na aprovação do Orçamento de 2022, em outubro do ano passado, por impasses com parceiros de coalizão da chamada “geringonça”, que governava desde 2015. Na época, os socialistas tinham 108 cadeiras, precisando de apoio de outros partidos.

    A conquista de maioria absoluta é relativamente rara em Portugal. Desde 1976, houve apenas cinco casos, sendo quatro do Partido Social-Democrata. O Partido Socialista conseguiu o feito em 2005, com José Sócrates, uma figura que caiu em desgraça política por acusações de corrupção.

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    Em discurso de vitória, no entanto, o premiê António Costa reconheceu que “a maioria absoluta não é um poder absoluto, não é governar sozinho”.

    “Governar é para e com todos os portugueses. Essa será uma maioria de diálogo, com todas as forças políticas que representam na Assembleia da República os portugueses na sua generalidade”, afirmou. 

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    O governante também classificou a vitória nas urnas como um voto de confiança e pela estabilidade do país, sendo um “cartão vermelho” dos eleitores para qualquer crise política.

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    O partido da extrema-direita Chega teve a terceira maior votação, com 7% dos votos, concretizando um avanço expressivo dois anos depois de conseguir sua primeira cadeira. Agora, o partido tem 12 representantes no Parlamento.

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    Para especialistas políticos portugueses, um dos motivos que justificam o avanço foi a conquista da representação parlamentar, em 2019, fundamental para legitimar o discurso de seu líder, André Ventura

    Condenado por racismo, Ventura é parte dos 10% de portugueses que não se vacinaram contra a Covid-19 e é acusado de abrigar dentro de seu partido filiados a organizações neonazistas e ultradireitistas.

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    Outro fator fundamental para o crescimento do Chega é a aproximação com o regime ditatorial de António Salazar, que agrega grupos mais velhos e saudosistas do período. O partido chegou a adotar um dos mais conhecidos gritos de guerra políticos do ditador – “Deus, Pátria e Família” – para o seu manifesto de 2022, adicionando “Trabalho” ao final dele.

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