Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Sobe para 103 número de mortos por causa de chuvas torrenciais no Japão

Melhora nas condições climáticas ajuda na busca por dezenas de desaparecidos; o desastre é uma das maiores tragédias da história recente do país

Por Da Redação
Atualizado em 12 jul 2018, 12h11 - Publicado em 9 jul 2018, 11h20

Ao menos 103 pessoas morreram em consequência das fortes chuvas na região oeste do Japão, anunciaram as autoridades nesta segunda-feira (9). As buscas por desaparecidos continuam, em bairros completamente cobertos de lama e entre os escombros de imóveis.

Das vítimas, 90 morreram durante as enchentes ou deslizamentos de terra, enquanto as outras 13 sofreram parada cardíaca e respiratória por consequência desses fenômenos, informou o porta-voz do governo Yoshihide Suga.

As autoridades temem o aumento do balanço de mortos com o avanço dos trabalhos de busca por desaparecidos.

Continua após a publicidade

Com a gravidade da situação, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, cancelou uma viagem que o levaria a Bélgica, França, Arábia Saudita e Egito, informou a imprensa local.

Na cidade de Kumano, a lama destruiu várias casas, que viraram pilhas de madeira. Com a trégua da chuva nesta segunda-feira, o sol começa a secar as áreas inundadas. As equipes de emergência aproveitam as melhores condições climáticas para procurar vestígios de dezenas de desaparecidos.

Continua após a publicidade

“Estamos retirando os escombros onde podemos. Também retiramos casas destruídas. Se não fizermos isto é impossível chegar até os possíveis sobreviventes presos nos escombros”, afirmou uma fonte militar.

Tragédia

Ao retornar para suas casas destruídas com a redução da chuva, os moradores começaram a perceber a amplitude da tragédia. Bairros inteiros estão inundados, veículos foram parar em crateras abertas em estradas devastadas, pontes foram destruídas e a lama domina o cenário.

Na cidade de Kurashiki, na província de Okayama, “parece que não há mais ninguém pedindo ajuda nos telhados das casas”, afirmou um membro das equipes de resgate.

Continua após a publicidade

“Os socorristas se deslocavam ontem (domingo) em barcos pela amplitude das inundações, mas a água está escoando progressivamente e, se o nível registrar uma redução suficiente, poderão chegar a zonas muito afetadas por estrada ou a pé”, disse a porta-voz da agência de gestão de catástrofes do município de Okayama. “Hoje não chove, mas temos que permanecer alertas com a lama”, insistiu.

Esta é uma das piores catástrofes do tipo nos últimos anos no Japão, com um número de vítimas que supera os 74 mortos registrados nos deslizamentos de terra de 2014, em Hiroshima. O caso dos últimos dias pode ser comparado em número de mortos a outro episódio memorável: a passagem de dois tufões em agosto e setembro de 2011, que deixaram mais de 100 mortos.

Neste domingo, após a redução das chuvas, o governo japonês retirou o estado de alerta máximo.

Continua após a publicidade

Situação “anormal”

As chuvas entre sexta-feira e domingo atingiram níveis recordes em 93 pontos de observação de 14 municípios.

Cinquenta e quatro mil integrantes dos corpos de bombeiro, da polícia e das Forças de Autodefesa (nome do Exército japonês) foram mobilizados para as áreas afetadas, “fazendo o máximo para salvar vidas”, destacou o primeiro-ministro Abe.

Quase cinco milhões de pessoas receberam a recomendação de deixar suas casas. “Ajudamos as pessoas retiradas de suas casas e tentamos recuperar as infraestruturas vitais como a rede de água e gás”, declarou Yoshihide Fujitani, diretor da agência de gestão de catástrofes de Hiroshima.

Continua após a publicidade

“É uma situação anormal diante de um risco iminente. Não se aproximem das zonas de risco, mantenham-se em alerta”, insistiu um funcionário da agência meteorológica, Yasushi Kajiwara.

Algumas fábricas (Panasonic, Mitsubishi Motors, Mazda) foram obrigadas a paralisar suas cadeias de produção na região, assim como empresas de serviços como Amazon.

O Japão costuma ser afetado por fortes frentes de chuva, além de tufões, muitas vezes mortais, que alcançam o arquipélago no verão.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.