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Senador McCain preparou todos os detalhes de seu velório e funeral

Republicano escolheu trilha sonora, locais de velório e autoridades que fariam discurso; também garantiu que Donald Trump não iria às homenagens

Por Da Redação
Atualizado em 30 ago 2018, 20h27 - Publicado em 30 ago 2018, 16h19

O senador americano John McCain sabia do importante papel que ocupava na política dos Estados Unidos. Logo depois de ser diagnosticado com câncer terminal no cérebro, o republicano começou a se reunir com assessores de confiança para discutir os detalhes de seu próprio funeral.

Quando morreu aos 81 anos, no último sábado (25), McCain já tinha os quatro dias de cerimônias cuidadosamente organizados. Os eventos em homenagem ao senador têm se mostrado muito similares àqueles reservados aos presidentes e ex-presidentes americanos mortos.

Segundo o jornal The New York Times, as reuniões com seus assessores aconteciam toda sexta-feira, no gabinete do senador no Capitólio. McCain discutiu as músicas que iriam tocar nas cerimônias, o trajeto que seu esquife iria percorrer do Arizona até Washington D.C. e quem faria os discursos.

Para a trilha sonora, McCain elegeu a balada irlandesa Danny Boy, interpretada por vários artistas americanos, e hinos patrióticos.

McCain também deixou claro que não queria a presença do presidente Donald Trump em seu velório e enterro. Os dois republicanos tinham uma rixa histórica, que se intensificou em 2015, quando o senador disse que a candidatura de Trump à Casa Branca havia “estimulado os malucos”.

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Trump retrucou dizendo que o senador não era “um herói de guerra” e citou os cinco anos e meio que McCain passou como prisioneiro – e vítima de tortura – no Vietnã do Norte, afirmando: “Eu gosto de pessoas que não foram capturadas”.

Desde que o senador faleceu, no entanto, funcionários da Casa Branca e membros da Sala de Imprensa tem notado o incomodo do presidente em relação a toda a atenção recebida por McCain pela imprensa mundial. As despedidas ao veterano senador eclipsaram o midiático Trump.

Interesse nacional

Amigos do senador relataram que McCain ficou surpreso com o nível de interesse nacional em sua morte, enquanto planejava as homenagens.

Rick Davis, que esteve ao lado do político por décadas e trabalhou como seu chefe de campanha na corrida presidencial de 2008, afirmou que quando os conselheiros de McCain sugeriram que seu esquife fosse velado no Capitólio do Arizona, o senador disse acreditar que a legislatura estadual nunca aprovaria uma honra tão grande para ele.

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O pedido foi aprovado, contudo. Os eventos começaram nesta quarta-feira (29), quando o corpo de McCain foi levado ao museu do Capitólio estadual. Ali, legisladores e políticos do Arizona prestaram suas homenagens ao senador, antes de o local ser aberto ao público.

Nesta quinta (30), um velório com a presença da família e outras autoridades foi realizado na Igreja Batista do Norte de Phoenix. O corpo deve ser transportado ainda hoje para Washington, onde na sexta-feira será velado no Congresso dos Estados Unidos, com a presença do vice-presidente Mike Pence e outros membros do governo. Mas não de Trump, como recomendado.

As homenagens continuarão no sábado, quando cerimônias serão realizadas no Memorial da Guerra do Vietnã, com discursos dos ex-presidentes George W. Bush e Barack Obama, e na Catedral Nacional de Washington. O enterro acontecerá no domingo, na Academia Naval dos Estados Unidos, em Annapolis.

Durante o fim de semana, quando todas as grandes autoridades de Washington estarão nos cerimoniais, o presidente Trump deve viajar para a casa de campo de Camp David, onde os assessores da Casa Branca esperam que o republicano consiga conter sua irritação em relação à atenção que McCain – morto – tem recebido.

Nos Estados Unidos, os velórios são normalmente envoltos em intenso cerimonial e solenidades. É comum o enterro acontecer muitos dias depois da morte, de maneira a dar tempo para o comparecimento de parentes e amigos. Pessoas próximas fazem discursos e, após o enterro, há uma confraternização na casa de um familiar, com comidas e bebidas.

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Bridget McCain discursa no funeral de seu pai o Senado John McCain em Phoenix, Arizona – 30/08/2018 (Brian Snyder/Reuters)
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