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McCain deixou mensagem póstuma sobre ódio e violência no mundo

Declaração parece destinada ao governo de Donald Trump; presidente não comparecerá ao funeral de senador

Por Da Redação
27 ago 2018, 16h32

O falecido senador americano John McCain alertou contra “rivalidades tribais” que semearam “ódio” em todo o mundo em uma mensagem final lida postumamente na segunda-feira (27), que parecia destinada especialmente ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Nós enfraquecemos nossa grandeza quando confundimos nosso patriotismo com rivalidades tribais que semearam ressentimento, ódio e violência em todos os cantos do globo”, afirmou McCain em uma comovente declaração de despedida lida por seu assessor de campanha, Rick Davis.

“Nós enfraquecemos quando nos escondemos atrás de muros, ao invés de derrubá-los, quando duvidamos do poder de nossos ideais, ao invés de confiar que eles são a grande força de mudança que sempre foram”, acrescentou, em aparente referência à Presidência Trump.

Conforme assinalou a emissora americana CNN, “em Washington, até a morte é política”. McCain parecia entender bem a questão e, além de preparar a mensagem póstuma destinada a Trump, deixou claro que não queria a presença do presidente em seu funeral.

Segundo a imprensa americana, o senador pediu que o vice-presidente Mike Pence representasse o atual mandatário. Também solicitou a presença dos ex-presidentes Barack Obama e George W. Bush na cerimônia.

O porta-voz do senador falecido confirmou nesta segunda que Trump não comparecerá ao funeral. “O presidente não comparecerá, pelo que sabemos, ao funeral. É apenas um fato”, informou Rick Davis, antigo colaborador de McCain, em coletiva de imprensa no Arizona.

Relação tensa

McCain era conhecido por dizer o que pensava, fato que originou uma rixa histórica com Trump, que se intensificou em 2015, quando o senador disse que a candidatura de Trump havia “estimulado os malucos”.

Trump retrucou dizendo que o senador não era “um herói de guerra” e citou os cinco anos e meio que McCain passou como prisioneiro – e vítima de tortura – do Vietnã do Norte, afirmando: “Eu gosto de pessoas que não foram capturadas”.

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O voto do senador também foi essencial para que impedir que o governo Trump conseguisse aprovar a revogação do Obamacare, o programa de saúde instaurado pelo governo de Barack Obama, no Senado americano, no ano passado.

McCain compareceu no plenário especialmente para votar contra a medida, sob o argumento de Trump não ter apresentado nenhum programa para pôr no lugar. Ele ainda se convalescia de uma cirurgia para remover um tumor do cérebro e trazia a cicatriz exposta na testa.

Segundo o jornal The Washington Post, Trump rejeitou neste fim de semana emitir um comunicado preparado pela Casa Branca em que teria qualificado o senador como “herói”.

O presidente preferiu escrever um tuíte que não continha nenhum elogio à figura de McCain, e se limitava a expressar sua “mais profunda compaixão e respeito à família do senador”.

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(Com AFP)

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