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Segundo turno na Geórgia pode decidir destino do Senado dos EUA – de novo

Na disputa entre um pastor e um ex-jogador da NFL – em que o pastor é o democrata – nenhum dos dois obteve o mínimo de 50% dos votos

Por Amanda Péchy
10 nov 2022, 10h11

O controle do Senado dos Estados Unidos pode, mais uma vez, ser decidido no estado da Geórgia. Uma disputa acirrada entre o candidato democrata Raphael Warnock e o desafiante republicano Herschel Walker deve ir para o segundo turno em 6 de dezembro.

Com mais de 99% dos votos contados, Warnock está na liderança contra Walker, estrela do futebol endossada pelo ex-presidente Donald Trump. Mas Warnock ainda não atingiu a parcela de 50% dos votos necessária para evitar um segundo turno.

“Enquanto as autoridades do condado ainda estão fazendo o trabalho detalhado de contagem dos votos, sentimos que é seguro dizer que haverá um segundo turno para o Senado dos Estados Unidos aqui na Geórgia, programado para 6 de dezembro”, disse Gabe Sterling, diretor de operações do secretário de Estado da Geórgia, em um post no Twitter na quarta-feira 9.

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Um terceiro candidato, o libertário Chase Oliver, ganhou 2% dos votos.

Warnock, pastor da Igreja Batista Ebenezer, a igreja de Atlanta que o ícone de direitos civis Martin Luther King Jr. liderou, ganhou o cargo em um segundo turno, em janeiro de 2021. Naquela época, o assento do Senado era um dos dois restantes em disputa no anterior reduto eleitoral republicano da Geórgia. Em uma reviravolta política, os dois democratas venceram suas disputas, dando ao seu partido a maioria na Câmara.

Já Walker, à primeira vista, tem um perfil político cobiçado: herói do futebol na Universidade da Geórgia antes de sua longa carreira na NFL, um empresário da indústria alimentícia e um conservador negro com o apoio de Trump, um amigo de longa data.

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Mas sua candidatura ao Senado foi marcada por escândalos. Nos últimos meses, a mídia americana detalhou acusações de que Walker ameaçou repetidamente a vida de sua ex-mulher e exagerou alegações de sucesso financeiro com sua empresa. Além disso, foi revelado que o candidato tem quatro filhos fora do casamento, com quem não mantém qualquer contato. A cereja no bolo foi que o conservador, fazendo uma campanha anti-aborto, foi acusado por duas ex-namoradas de pressioná-las a realizar o procedimento, cobrindo todos os custos.

Apesar de toda a polêmica, Walker está em empate técnico com Warnock. Analistas afirmam que a força da polarização – eleitores democratas têm tanto medo de um republicano no poder quanto os republicanos têm de um democrata – pode ter cancelado quaisquer efeitos negativos das revelações. Nesta situação, resta saber quantos eleitores de cada partido vão comparecer às urnas em 6 de dezembro.

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