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Rússia prende 11 suspeitos do ataque que deixou 115 mortos em Moscou

Segundo o serviço secreto russo, quatro pessoas participaram diretamente dos ataques; autoridade afirma que os detidos tinham 'contatos na Ucrânia'

Por Larissa Quintino 23 mar 2024, 08h32

Onze pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no ataque que deixou 115 mortos na região de Moscou, segundo informações divulgadas pelo governo da Rússia neste sábado, 23.

O atentado, reivindicado por um braço do grupo terrorista Estado Islâmico, aconteceu na casa de shows Crocus City Hall, na noite de sexta-feira e deixou 115 mortos e centenas de feridos. A Rússia não enfrenta grandes ataques terroristas desde 2017, quando 14 pessoas morreram numa explosão no metro de São Petersburgo.

Segundoo FSB (Serviço Federal de Segurança), dos onze detidos, quatro deles são suspeitos de envolvimento direto na ação. O FSB informou que os suspeitos estavam indo em direção à fronteira com a Ucrânia e que tinham contatos no país vizinho. A guerra da Rússia e da Ucrânia se arrasta há mais de dois anos. 

Eles foram presos na região de Briansk, 340 km a sudoeste de Moscou. Um deputado, Alexander Khinshtein, relatou que eles estavam em um Renault quando furaram um bloqueio policial na estrada. Houve perseguição, o carro foi parado e dois suspeitos fugiram para uma floresta, enquanto os remanescentes eram presos. Segundo Khinshtein, a polícia aprendeu uma pistola, um pente de munição para rifles de assalto e passaportes do Tadjiquistão, república de maioria muçulmana da Ásia Central, que foi parte da União Soviética.

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O ataque

Em vídeos filmados dentro da sala de concertos, o público que aguardava uma apresentação da banda de rock Piknik pode ser ouvido gritando, enquanto repetidos tiros vêm do lado de fora da sala. Segundo a RIA Novosti, pelo menos três pessoas usando uniforme do Exército dispararam suas armas. De acordo com autoridades russas, 115 pessoas morreram.

Vários outros meios de comunicação russos também disseram que o edifício que abriga a sala de concertos pegou fogo. Vídeos postados em canais de aplicativos de mensagens russos mostram enormes nuvens de fumaça preta subindo sobre o prédio. Outras imagens filmados em uma rodovia que passa perto do Crocus City Hall mostram partes da construção em chamas. A mídia estatal Russia24 informou que o telhado do local desabou parcialmente.

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O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, disse que ocorreu uma “terrível tragédia” no local. Pelo menos 70 ambulâncias foram enviadas para o local do ataque. Segundo a RIA Novosti, o governador regional de Moscou chegou à sala de concertos logo após os serviços de emergência.

“Hoje uma terrível tragédia ocorreu no centro da cidade de Crocus. Minhas condolências aos entes queridos das vítimas. Dei ordens para prestar toda a assistência necessária a todos os que sofreram durante o incidente”, disse Sobyanin num comunicado.

Sobyanin disse no Telegram que cancelaria todos os eventos esportivos, culturais e outros eventos públicos em Moscou neste fim de semana.

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Em 7 de março, a embaixada dos Estados Unidos em Moscou emitiu um alerta de segurança, dizendo que seus funcionários estavam “monitorando relatos de que extremistas tinham planos iminentes de atingir grandes reuniões em Moscou, incluindo shows”. A declaração avisava a cidadãos americanos que um ataque poderia ocorrer nas próximas 48 horas.

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