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Rússia corta principal linha de gás da Europa até sanções serem derrubadas

Anúncio do Kremlin contradiz alegações da estatal Gazprom, que disse que a interrupção dos fluxos no Nord Stream 1 foram causadas por falha técnica

Por Da Redação
5 set 2022, 08h46

A Rússia anunciou nesta segunda-feira, 5, que o fornecimento de gás para a Europa através do gasoduto Nord Stream 1 só será retomado até que as sanções econômicas contra Moscou, em reprimenda à invasão da Ucrânia, sejam derrubadas.

Dmitry Peskov, porta-voz do presidente Vladimir Putin, culpou as sanções da União Europeia, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá pelo corte do fluxo de gás através do principal gasoduto do país, que leva energia de São Petersburgo para a Alemanha através do mar Báltico.

“Os problemas de bombeamento de gás surgiram por causa das sanções que os países ocidentais introduziram contra nosso país e várias empresas”, disse Peskov, segundo a agência de notícias Interfax. “Não há outras razões que possam ter causado esse problema de bombeamento.”

Esta é a demanda mais dura do Kremlin até agora para a União Europeia reverter as sanções econômicas em troca da retomada do fluxo de gás russo ao continente, e contradiz alegações anteriores da estatal Gazprom de que os cortes de fornecimento estavam ligados a uma falha técnica.

Na sexta-feira 2, o monopólio estatal de gás da Rússia disse que interromperia, por tempo indeterminado, o fluxo de gás através do Nord Stream 1 devido a dificuldades em reparar turbinas fabricadas na Alemanha no Canadá.

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A União Europeia já revogou algumas sanções contra a Rússia para permitir que as turbinas fossem reparadas. Os líderes europeus disseram que não há nada que impeça a Gazprom de fornecer gás ao continente e acusam Moscou de usar suas exportações de energia como arma de guerra.

A Rússia ainda fornece gás para a Europa através de gasodutos da era soviética, que passam pela Ucrânia, apesar da invasão. O fluxo do gasoduto South Stream, via Turquia, também segue regular.

No entanto, o Kremlin acusou os países ocidentais de causar “turbulência” ao negar à Gazprom garantias legais de que as turbinas enviadas para reparo seriam devolvidas. Além disso, as autoridades russas fizeram pouco segredo de que esperavam que a crise de energia em escalada na Europa pode minar o apoio do bloco à Ucrânia.

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“Obviamente, a vida está piorando para pessoas, empresários e empresas na Europa”, disse Peskov. “É claro que as pessoas comuns nesses países terão cada vez mais perguntas para seus líderes.”

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No domingo 4, o ex-presidente russo Dmitry Medvedev foi ainda mais explícito sobre o assunto, depois que o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou um novo pacote de ajuda para seu país, no valor de 65 bilhões de euros, com objetivo amenizar o efeito das contas de energia para a população.

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Medvedev, agora vice-presidente do conselho de segurança da Rússia, disse que a Alemanha estava “agindo como inimiga da Rússia” ao apoiar sanções contra Moscou e fornecer armas à Ucrânia.

“Eles declararam guerra híbrida contra a Rússia”, escreveu Medvedev em seu canal no aplicativo de mensagens Telegram. “E esse velho [Scholz] parece surpreso que os alemães tenham alguns pequenos problemas com gás.”

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