Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Rapper que protestou contra governo no Irã é condenado à pena de morte

Saman Yasin foi acusado de ser 'inimigo de Deus' após apoiar manifestações e escrever músicas críticas ao regime islâmico

Por Da Redação 11 nov 2022, 12h59
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O rapper curdo Saman Yasin foi condenado à execução por um tribunal do Irã após apoiar manifestações anti-regime no país. A sentença dada nesta sexta-feira, 11, ao artista ocorre em meio a denúncias de que ele e outros manifestantes estão sendo submetidos a tortura na prisão.

    Yasin foi acusado de “travar guerra contra Deus” depois de postar seu apoio à onda de protestos que ocorrem desde setembro no Irã.

    A revolta da população foi desencadeada pela morte sob custódia de Mahsa Amini, de 22 anos, detida pela polícia moral iraniana por usar “inadequadamente” o véu islâmico.

    + Iranianos desafiam polícia para protestar no túmulo de Mahsa Amini

    Em 6 de novembro, 227 legisladores iranianos instaram o Judiciário a “lidar de forma decisiva com os manifestantes”. Autoridades anunciaram que planejam realizar julgamentos para 1.000 manifestantes presos na capital Teerã.

    Continua após a publicidade

    + Contra protestos, líder do Irã diz que República Islâmica é inabalável

    Organizações de direitos humanos alertam que o regime pode desencadear uma sangrenta campanha de vingança na tentativa de reprimir o movimento de oposição ao governo.

    Segundo as Nações Unidas (ONU), cerca de 14.000 pessoas, incluindo crianças, foram detidas desde que os protestos começaram, há mais de oito semanas. A agência internacional enfatizou a responsabilidade da comunidade internacional em lidar com a impunidade das violações dos direitos humanos no Irã.

    + Governo do Irã acusa mais de mil pessoas por protestos em Teerã

    Pelo menos 284 pessoas, incluindo 45 crianças, foram mortas pela repressão do governo aos protestos, segundo relatos da Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos do Irã (HRANA).

    Continua após a publicidade

    A Organização Hengaw para os Direitos Humanos disse que prisioneiros de alto perfil como Yasin poderiam ser usados ​​pelo regime iraniano para tentar aterrorizar aqueles que continuam a protestar.

    Yasin, um artista e rapper conhecido e aclamado, tem sido um forte crítico ao regime. Ele escreveu mensagens de apoio aos manifestantes em suas contas nas redes sociais e escreveu várias músicas de protesto.

    Outras organizações de direitos humanos dizem que as autoridades tentaram silenciar a família de Yasin, de quem não se ouviu falar desde que ele foi acusado de moharabeh (inimizade contra Deus) no início desta semana.

    Familiares de Toomaj Salehi, músico e rapper de 32 anos que também está detido após participar das manifestações, afirmam que ele foi submetido a “tortura severa” por divulgar vídeos dele cantando músicas contra as forças de segurança.

    A prisão do artista popular levou a petições online pedindo sua libertação e seus apoiadores compartilharam amplamente a hashtag #FreeToomaj.

    Continua após a publicidade

    Na semana passada, duas jornalistas que reportaram a história da morte de Mahsa Amini foram denunciadas como espiãs da CIA pelas autoridades iranianas, uma acusação que acarreta a pena de morte.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.