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Quem é Nikki Haley, única rival de Trump nas primárias republicanas

Ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora americana na ONU, ela ganhou visibilidade com a desistência de Ron DeSantis da corrida presidencial

Por Amanda Péchy
Atualizado em 22 jan 2024, 15h38 - Publicado em 22 jan 2024, 09h47

Ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora americana nas Nações Unidas, Nikki Haley tornou-se no domingo 21 a única rival restante do ex-presidente americano Donald Trump nas primárias republicanas, que determinam quem representará o partido nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

“Que vença a melhor mulher”, ela declarou após Ron DeSantis, governadora da Flórida, desistir da corrida eleitoral e declarar apoio a Trump. “É uma corrida de duas pessoas.”

Quem é Haley

Nascida em Bamberg, na Carolina do Sul, Haley trabalhou na butique de vestidos de sua família como contadora, antes de vencer as eleições três vezes para a Câmara dos Deputados do estado. Em 2015, a republicana ficou conhecida por ter pedido a remoção de uma bandeira de batalha confederada do Capitólio, pendurada lá por um supremacista branco que tinha realizado um tiroteio em massa em uma igreja afro-americana.

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Filha de imigrantes indianos, Haley foi eleita em 2010 para o governo do estado, tornando-se a primeira mulher e a primeira pessoa não branca a ocupar o cargo.

Agora mirando a Casa Branca, a republicana prometeu enfrentar adversários estrangeiros e domésticos.

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“Algumas pessoas olham para a América e veem vulnerabilidade. A esquerda socialista vê uma oportunidade de reescrever a história. China e Rússia estão em marcha. Todos eles acham que podemos ser intimidados, chutados”, disse ela no ano passado, ao lançar sua campanha. “Você deveria saber uma coisa sobre mim: eu não tolero valentões. E, quando você chuta para trás, dói mais se você estiver usando saltos.”

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A embaixadora ficou conhecida por pedir ao seu partido uma “mudança geracional”. No ano passado, em entrevista à emissora americana Fox News, ela alfinetou tanto Trump quando o presidente Joe Biden ao dizer que não acha “necessário ter 80 anos para ocupar a Casa Branca”.

Chances de vitória

Mesmo terminando em terceiro nas primárias de Iowa, na semana passada, Haley tentou enquadrar a corrida presidencial como sendo entre ela mesma e Trump, um argumento que se tornou mais relevante com DeSantis fora da disputa. No entanto, as médias recentes das pesquisas a colocam 15 pontos percentuais atrás de Trump na próxima prévia republicana, nesta terça-feira, 23, em New Hampshire.

As pesquisas indicam que Trump tem cerca de 50% dos eleitores republicanos, o que foi verdade em Iowa (ele obteve 51% dos votos por lá). Encorajada por esse resultado, a ex-governadora observou que “apenas um estado votou” e que “metade dos votos foram para Donald Trump”, mas “metade não foram”.

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“Os eleitores merecem ter uma palavra a dizer sobre se seguimos o caminho de Trump e Biden novamente, ou se seguimos um novo caminho conservador”, disse ela em comunicado após a desistência de DeSantis.

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Haley também se comprometeu a permanecer na corrida até as primárias da Carolina do Sul e a Super Terça, em 5 de março, independentemente do que aconteça nas primárias de New Hampshire nesta terça-feira.

Pautas e agenda política

No cenário nacional, Haley é mais conhecida por dirigir a agenda de política externa de Trump por dois anos na ONU. Atualmente, enquanto ela busca um público mais amplo, tem se concentrado em questões culturais e denunciado os democratas por promover não só o “socialismo”, mas também uma “cultura de cancelamento” nas escolas. 

Para responder às afirmações da esquerda sobre abrigar um “racismo sistêmico”, a embaixadora cita sua própria biografia, ressaltando ser filha de imigrantes. 

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Haley deixou o governo Trump em 2018 e, desde então, tem seguido uma linha tênue com o ex-presidente. Ao mesmo tempo que elogia suas políticas e realizações no cargo, ela não deixa de criticá-lo, uma atitude que agrada aos republicanos moderados.

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