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Quem é a republicana que vai desafiar Trump nas eleições de 2024

Nikki Haley é ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora americana na ONU

Por Da Redação
14 fev 2023, 13h12

Ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora americana nas Nações Unidas, Nikki Haley afirmou nesta terça-feira, 14, que será pré-candidata às eleições presidenciais de 2024, sendo a primeira republicana a lançar uma candidatura contra o ex-presidente Donald Trump.

Nascida em Bamberg, na Carolina do Sul, Haley trabalhou na boutique de vestidos de sua família como contadora, antes de vencer as eleições três vezes para a Câmara dos Representantes do estado. Em 2015, a republicana ficou conhecida por ter pedido a remoção de uma bandeira de batalha confederada do Capitólio depois que ela foi pendurada por um supremacista branco que tinha realizado um tiroteio em massa em uma igreja afro-africana.

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Filha de imigrantes indianos, Haley foi eleita em 2010 para o governo do estado, se tornando a primeira mulher e a primeira pessoa não branca a ocupar o cargo.

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Agora mirando a Casa Branca, a republicana fez seu anúncio em vídeo nas redes sociais, prometendo enfrentar adversários estrangeiros e domésticos.

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“Algumas pessoas olham para a América e veem vulnerabilidade. A esquerda socialista vê uma oportunidade de reescrever a história. China e Rússia estão em marcha. Todos eles acham que podemos ser intimidados, chutados”, disse. “Você deveria saber uma coisa sobre mim: eu não tolero valentões. E quando você chuta para trás, dói mais se você estiver usando saltos”. 

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A embaixadora, que ficou conhecida por pedir ao seu partido uma “mudança geracional”, aproveitou a oportunidade para avançar na arrecadação de fundos e conseguir atenção de possíveis eleitores de seu partido. No momento, Haley precisa de apoio para conseguir subir de um dígito nas primeiras pesquisas de campo do Partido Republicano. 

Em dezembro, a ex-governadora lançou duras críticas à idade de Trump, que tem 76 anos, e do atual presidente dos EUA, Joe Biden, de 80. “Não acho que você precise ter 80 anos para ser um líder em DC”, disse à rede de televisão americana, FoxNews .

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No vídeo publicado, Haley não menciona o nome de Trump, mas deixa claro sua intenção de romper com a era do ex-mandatário. Além de convocar uma nova geração, ela pede um retorno aos “valores que ainda tornam nosso país o mais livre e maior do mundo”.

“Os republicanos perderam o voto popular em sete das últimas oito eleições presidenciais”, disse ela. “Isso tem que mudar”. 

Diversas pesquisas mostram, em um campo hipotético entre vários candidatos, que Trump tem menos de 50% dos eleitores republicanos. Encorajada por esse resultado, Haley entrou na corrida presidencial desafiando o ex-presidente e ressaltando que Trump não consegue assustar os rivais mesmo depois de lançar sua terceira campanha presidencial, anunciada em novembro.

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No cenário nacional, Haley é mais conhecida  por seguir a agenda de política externa de Trump por dois anos na ONU. Atualmente, enquanto ela busca um público mais amplo, planeja se concentrar em questões culturais e denuncia os democratas por promover não só o “socialismo”, mas também uma “cultura de cancelamento” nas escolas. 

Para responder às afirmações da esquerda sobre abrigar um “racismo sistemático”, a embaixadora cita sua própria biografia, ressaltando ser filha de imigrantes. 

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O anúncio reverteu a declaração feita por ela em 2021 de que não iria concorrer nas eleições caso Trump fosse um candidato. Considerada uma figura que raramente iria deixar o governo, Haley recebeu elogios do ex-presidente ao invés de insultos de despedida. 

Recentemente, Trump disse a embaixadora que ela “deveria” lançar sua candidatura depois que Haley informou que tentaria entrar na corrida. O fato de o ex-presidente  não ter ofendido ou atacado a embaixadora pode ser considerado um sinal de que, apesar de sua persistência, ela não seria uma grande ameaça à candidatura do republicano.

Haley deixou o governo Trump em 2018, e desde então tem seguido uma linha tênue com o ex-presidente, elogiando suas políticas e realizações no cargo. Ao mesmo tempo, ela também não deixa de criticar Trump, uma atitude que agrada aos republicanos moderados.

Logo no dia seguinte ao ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio, quando os trumpistas invadiram o Congresso, ela afirmou que as ações seriam “julgadas duramente pela história”. No entanto, ela se opôs ao impeachment pelas atitudes anti-democráticas em torno do motim. 

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