Queda de avião russo mata 92; população faz homenagem a vítimas
No avião estavam 64 membros do coro e conjunto de dança Alexandrov Ensemble, do Exército russo, que iriam fazer uma apresentação para as tropas, na Síria
Por Da redação
Atualizado em 25 dez 2016, 18h10 - Publicado em 25 dez 2016, 11h19
O porta-voz do Exército russo, Igor Konanchenkov, afirmou em entrevista coletiva que “não há sinais de sobreviventes” da queda do avião militar Tupolev TU-154 nas águas do Mar Negro, com 92 pessoas a bordo. Segundo o ministério da Defesa, o Tupolev Tu-154 sumiu dos radares logo após sua decolagem às 5h27 (00h27 no horário de Brasília) do aeroporto da cidade de Adler, ao sul do balneário de Sochi, no Mar Negro, rumo à Síria.
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De acordo com as agências de notícias da Rússia, todas as possíveis razões para a queda estão sendo examinadas, mas investigadores acreditam que é “improvável” que terrorismo seja uma delas. Segundo a agência de notícias Reuters, dados preliminares indicam que o avião caiu por problemas técnicos.
Segundo Konanchenkov, os destroços do avião foram encontrados a 1,5 quilômetros da costa, a cerca de 70 metros de profundidade, por quatro navios responsáveis pelas operações de busca, assistidos por quatro helicópteros, um avião e um drone. O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a formação de uma comissão de investigação liderada pelo primeiro-ministro Dmitri Medvedev para determinar as causas do incidente. O chefe de Estado expressou “suas mais profundas condolências” aos parentes das vítimas.
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O avião levava 84 passageiros e oito tripulantes. Entre eles estavam 64 membros do coro e conjunto de dança Alexandrov Ensemble, do Exército russo, que iam participar das festividades de Ano Novo na base aérea síria de Khmeimim. “O Conjunto Alexandrov, era o cartão de visita da Rússia”, lamentou o pianista russo Denis Matsouev. A população russa levou flores para o local onde o coro ensaiava, como homenagem às vítimas.
Também estavam no voo oito tripulantes, nove jornalistas, dois funcionários civis e a diretora de uma organização de caridade na Rússia, Elizaveta Glinka. Elizaveta levava medicamentos para o Hospital Universitário de Latakia, segundo o diretor do Conselho dos Direitos Humanos para o Kremlin, Mikhail Fedotov, em comunicado citado pela agência de notícias Interfax.
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Uma investigação criminal foi aberta para determinar se violações das regras de segurança da aviação provocaram o acidente, indicou o Comitê de Investigação da Rússia, órgão responsável pelas investigações mais importantes do país. Os investigadores estão interrogando os técnicos que prepararam a aeronave para decolar, segundo a mesma fonte. Segundo o ministério da Defesa, o avião tinha 6.689 horas de voo desde 1983.
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O Fundo de Seguro Social russo vai pagar compensações de 1 milhão de rublos (16.340 dólares ou 53.410 reais, aproximadamente) às famílias dos mortos no acidente, disse Vsevolod Vukolov, diretor do Serviço Nacional para o Trabalho e o Emprego da Rússia, de acordo com a agência russa Tass. “Pagamentos do seguro aéreo serão cerca de 2 milhões de rublos. Famílias de militares vão receber auxílio do Ministério da Defesa. Tirando essas, famílias das vítimas do acidente vão receber auxílio de regiões e de seguros voluntários, se houver”, disse Vukolov.
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Acidentes
O tempo era bom no momento da decolagem e não há informações oficiais sobre possíveis causas da queda. O diretor do comitê de assuntos de Defesa do Senado, Viktor Ozerov, afastou a hipótese de terrorismo.
Vários Tu-154, uma aeronave de concepção soviética, sofreram acidentes no passado. Em abril de 2010, um dispositivo deste tipo transportando 96 pessoas, incluindo o presidente Lech Kaczynski e autoridades polonesas caiu ao tentar pousar perto de Smolensk (oeste da Rússia) e todos os seus ocupantes morreram.
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(Com AFP, EFE, Estadão Conteúdo e Reuters)
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