Putin defende rendição de ucranianos em Debaltseve
Autocrata russo pede a governo ucraniano que ‘não impeça’ soldados de baixarem suas armas na estratégica cidade que é alvo de combates
Por Da Redação
17 fev 2015, 20h34
O sucesso ou fracasso do cessar-fogo que, em tese, entrou em vigor no domingo na Ucrânia depende de Vladimir Putin e, nesta terça-feira, o presidente russo deixou claro que não tem muita disposição em abandonar suas ambições em relação ao país vizinho. Putin defendeu que o governo ucraniano desista da cidade estratégica de Debaltseve.
Para o autocrata russo, Kiev deveria permitir que seus militares se rendam e permitam o avanço dos separatistas. “Espero que as pessoas responsáveis na liderança ucraniana não impeçam os soldados do Exército de baixarem suas armas”, disse, durante visita à Hungria. “Se eles não forem capazes de tomar essa decisão por si mesmos, então espero que não persigam as pessoas que querem salvar suas vidas e as vidas dos outros”. Putin afirmou ainda que os separatistas devem permitir que os militares voltem para suas famílias quando desistirem da cidade.
O russo apoia militarmente os separatistas, mas mantém um discurso cínico ao negar esse apoio e afirmar que o conflito não será resolvido pela força. Ele considerou que houve uma “redução significativa” dos confrontos desde a entrada em vigor da trégua, e declarou que a continuidade dos combates em Debaltseve era “previsível”.
Os separatistas alegam que o cessar-fogo não se aplica à cidade, um entroncamento ferroviário que liga as capitais de Donetsk e Lugansk, dominadas pelos rebeldes. A maior parte da população de 25.000 moradores foi evacuada, mas cerca de 7.000 civis ainda estariam impedidos de deixar Debaltseve em meio aos intensos confrontos, segundo a Anistia Internacional.
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Armas pesadas – Além da continuidade dos combates na cidade, outros pontos previstos no acordo não estão sendo colocados em prática, como a retirada de armas pesadas da linha de frente. A retirada deveria começar no segundo dia de trégua e ser concluída em até duas semanas, criando uma zona desmilitarizada de aproximadamente 50 quilômetros.
(Com agência Reuters)
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