Até poucas horas antes, os confrontos prosseguiam: ao menos 14 pessoas, oito militares ucranianos e seis civis, morreram nas últimas 24 horas
Por Da Redação
14 fev 2015, 20h32
Entrou em vigor no leste Ucrânia, à meia-noite do horário local (20h em Brasília), o cessar-fogo negociado durante a semana entre as forças governamentais e as milícias separatistas pró-Rússia. Ambos os lados ordenaram, com cautela, que suas forças obedeçam à trégua. Até poucas horas antes, os confrontos prosseguiam: ao menos 14 pessoas, oito militares ucranianos e seis civis, morreram nas últimas 24 horas.
Em um discurso para os comandantes militares transmitido ao vivo pela televisão, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, ordenou que suas forças parassem de atirar a partir da meia-noite, mas advertiu que os intensos combates na proximidade da trégua ameaçavam o processo de paz. Líderes separatistas também declararam que tinham dado ordens para parar de disparar à meia-noite. Horas antes, Kiev e os rebeldes apoiados pelos russos acusaram um ao outro de preparar a violação do acordo.
Líderes do Ocidente demonstraram mais uma vez seu apoio ao novo acordo. A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, que ajudaram a negociar a trégua em uma maratona de conversas em Minsk, Bielorrússia, telefonaram ao presidente ucraniano neste sábado e prometeram apoio para garantir que o acordo seria cumprido. Os líderes alemão e francês também falaram com o presidente russo, Vladimir Putin, para reforçar a importância do acordo, informou o Kremlin.
O presidente dos EUA, Barack Obama, conversou com Poroshenko neste sábado e os dois concordaram em coordenar medidas, caso o cessar-fogo seja violado, disse o porta-voz do presidente ucraniano, no Twitter. O governo Obama informou que está considerando responder ao pedido de longa data de Kiev para uma ajuda militar não letal, mas vai esperar para ver se a trégua se mantém antes de tomar uma decisão.
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Ceticismo – O cessar-fogo acordado após uma reunião entre os presidentes da Ucrânia, Rússia, França e Alemanha prevê a retirada de armamentos pesados do leste ucraniano, a retirada das tropas estrangeiras que estão ilegalmente no país, o desarmamento das milícias civis, a libertação de prisioneiros, a anistia para os combatentes, reforma constitucional até o final de 2015 para ampliar a autonomia das regiões de Donetsk e Lugansk, e autonomia para Kiev controlar a fronteira entre Ucrânia e Rússia.
A maioria dos especialistas recebeu com ceticismo o acordo, uma vez que não estão previstos mecanismos concretos para resolver as questões mais sensíveis, como o controle da fronteira com a Rússia, da qual 400 quilômetros estão nas mãos dos rebeldes – e pela qual Moscou infiltra armas e tropas. Um acordo anterior, em setembro, entrou em colapso e as dúvidas sobre a implementação do novo cessar-fogo aumentaram enquanto os dois lados seguiam lutando e discutindo sobre especificidades do acordo. O conflito já matou mais de 5 mil pessoas.
(com EFE e Estadão Conteúdo)
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