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Polícia começa a prender caminhoneiros antivacina em Ottawa

Até o momento, quinze manifestantes foram detidos e quatro caminhões que bloqueavam centro da capital foram rebocados

Por Duda Gomes Atualizado em 18 fev 2022, 17h11 - Publicado em 18 fev 2022, 16h44

Um dia depois de o governo do Canadá anunciar que poderia prender manifestantes que não deixassem o centro da capital Ottawa, a polícia rebocou caminhões que bloqueavam a cidade e começou a de fato deter pessoas envolvidas com o protesto na noite da última quinta-feira 17.

Sob temperaturas congelantes de até -23°C, dezenas de policiais entraram no acampamento montado perto da avenida do Parlamento, tentando tirar pessoas dos veículos que fecham alguns pontos da cidade desde o final de janeiro. De acordo com as autoridades canadenses, quinze manifestantes foram presos e quatro caminhões foram rebocados na capital.

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Entre os presos em Ottawa estão Tamara Lich, uma das organizadoras do protesto, e Chris Barber, outro líder do movimento. Ambos devem comparecer perante um juiz já nesta sexta-feira.

Testemunhas no local contam que os manifestantes não dão nem indícios de que deixarão os bloqueios. Pelo menos um veículo blindado militar também foi visto no centro.

A polícia disse que os manifestantes “colocaram crianças entre as operações policiais e o local do protesto ilegal”, e disse que elas “serão levadas para um local seguro”.

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O “comboio da liberdade” começou como um ato de caminhoneiros que eram contrários à obrigatoriedade da vacina e evoluiu para um ponto de encontro contra medidas as medidas de segurança contra a Covid-19.

As autoridades estavam evitando tomar medidas bruscas, para evitar uma escalada de violência, mas os manifestantes alinharam grandes caminhões ​​do lado de fora do Parlamento e do escritório do primeiro-ministro, Justin Trudeau.

Na segunda-feira, no entanto, o premiê convocou poderes de emergência para dar ao seu governo mais autoridade para interromper os protestos. Ele invocou a Lei de Emergências, usada pela primeira vez desde que foi aprovada, em 1988.

Com base na lei, os policiais montaram 100 bloqueios de estradas perto do local do protesto para impedir o acesso das pessoas e privar o local de conseguir adquirir novos suprimentos, como alimentos e combustível.

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O centro de Ottawa permanece bloqueado pela polícia e só pode ser acessado através de um dos postos de controle criados pelas autoridades para impedir que mais manifestantes se juntem ao protesto contra as políticas adotadas pelo governo para enfrentar a pandemia de covid-19.

“Você deve sair. Você deve cessar mais atividades ilegais e remover imediatamente seu veículo e/ou propriedade de todos os locais de protesto ilegal. Qualquer pessoa dentro do local de protesto ilegal pode ser presa”, escreveu a polícia de Ottawa.

Apesar de críticas da oposição, Trudeau defendeu o uso da medida ao ressaltar no Twitter que sempre respaldará “os direitos de reunião pacífica e a liberdade de expressão dos canadenses”, mas acrescentou que também reforçará “os princípios, valores e instituições que mantêm todos os canadenses livres”. 

No domingo, a polícia já havia desmantelado o bloqueio que grupos de manifestantes mantinham há uma semana na ponte Ambassador, que liga as cidades de Windsor, no Canadá, e Detroit, nos EUA.

A polícia de Windsor disse que prendeu um total de 46 pessoas por seu envolvimento com o bloqueio da ponte, a principal passagem de fronteira entre Canadá e EUA e por onde passam mercadorias no valor de US$ 400 milhões todos os dias.

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