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Polícia do Canadá ameaça prender manifestantes que bloqueiam Ottawa

'Qualquer um que bloqueie as ruas está cometendo um crime e você pode ser preso', dizem panfletos entregues aos caminhoneiros

Por Duda Gomes 16 fev 2022, 20h22

Como parte de uma ação mais repressiva, a polícia da capital canadense, Ottawa, alertou nesta quarta-feira, 16, os caminhoneiros que bloqueiam o centro da cidade que poderiam enfrentar acusações criminais e até serem presos se não deixarem o local. A medida acontece dois dias após o primeiro-ministro Justin Trudeau acionar a lei de emergências para lidar com os protestos contra medidas de combate à Covid-19, que já duram três semanas.

Centenas de veículos que faziam parte do bloqueio começaram a ser multados pelos agentes.

“Você deve sair da área agora. Qualquer um que bloquear as ruas está cometendo um crime e você pode ser preso”, diziam panfletos distribuídos aos caminhoneiros.

O ministro federal da Segurança Pública, Marco Mendicino, culpou grupos extremistas por ajudar a organizar protestos em Ottawa e na travessia da fronteira com os Estados Unidos, afirmando que alguns dos envolvidos queriam derrubar o governo.

Na cidade canadense de Coutts, que faz fronteira com o Estado americano de Montana, a polícia prendeu 13 pessoas e apreendeu armas. Acredita-se que as pessoas tenham ligações com uma organização de extrema direita.

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No domingo, a polícia desmantelou o bloqueio que grupos de manifestantes mantinham há uma semana na ponte Ambassador, que liga as cidades de Windsor, no Canadá, e Detroit, nos EUA.

A polícia de Windsor disse que prendeu um total de 46 pessoas por seu envolvimento com o bloqueio da ponte, a principal passagem de fronteira entre Canadá e EUA e por onde passam mercadorias no valor de US$ 400 milhões todos os dias.

O “comboio da liberdade” começou na capital canadense como um ato de caminhoneiros fronteiriços que eram contrários à obrigatoriedade da vacina e evoluiu para um ponto de encontro contra medidas de restrição contra a Covid-19.

Para conter a situação, Trudeau invocou a Lei de Emegências, aprovada em 1988 e usada pela primeira vez. O precedente desses poderes emergenciais era chamado de Lei de Medidas de Guerra e foi invocado apenas três vezes no país: durante as duas guerras mundiais e em 1970, durante a crise causada pelo grupo terrorista Frente de Libertação de Quebec.

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Segundo o Mendicino, minsitro da Segurança, a lei permite que autoridades proíbam a presença de manifestantes em certas áreas de Ottawa sob pena de prisão e que coloquem barreiras de concreto para impedir a chegada de mais veículos de reforço na zona ocupada.

Apesar de críticas da oposição, Trudeau defendeu o uso da medida ao ressaltar no Twitter que sempre respaldará “os direitos de reunião pacífica e a liberdade de expressão dos canadenses”, mas acrescentou que também reforçará “os princípios, valores e instituições que mantêm todos os canadenses livres”.

Candice Bergen, chefe interina dos conservadores, disse que a lei era semelhante a usar um “martelo nos canadenses”.

Os primeiros-ministros de Saskatchewan e Alberta divulgaram uma carta conjunta com os governadores de 15 estados dos Estados Unidos, pedindo que abandonem a exigência de que os caminhoneiros que cruzam a fronteira sejam vacinados.

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