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Pesquisas mostram avanço da extrema-direita em eleição de Portugal

Coalizão Aliança Democrática (AD) e Partido Socialista lutam por primeiro lugar

Por Da Redação
7 fev 2024, 11h47

As últimas sondagens sobre as eleições de marçoem Portugal, divulgadas na última semana, sugerem empate técnico entre a coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD) e o Partido Socialista. Em meio ao impasse, crescem as intenções de voto para o polêmico partido ultradireitista Chega, conhecido pelas propostas radicais contra a imigração, o feminismo e a “ideologia de gênero”. Ele ocupa o terceiro lugar em ambas as pesquisas, realizadas pelo Universidade Católica, para o jornal Público e a emissora RTP, e pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), para o Expresso e a emissora SIC.

Os levantamentos divergem, no entanto, sobre quem ocupa o primeiro lugar na corrida. Para a Universidade Católica, a AD arremata o pódio, com 32% das intenções de voto. O Partido Socialista não parece comer poeira, com 28%. Como a margem de erro é de 2,8%, o resultado não é certeiro e cai no campo do empate técnico. Já para o ISCTE, os esquerdistas lideram com pouca vantagem, 29%, contra a união de direita, 27%. Por lá, a margem de erro é de 3,5%, ou seja, também aponta para a sinuca eleitoral.

Em contrapartida, o Chega parece ganhar um progressivo espaço durante a campanha — em 2019, tinha apenas um deputado; hoje, são 12. Ele embolsa 19% e 21% nas sondagens da Universidade Católica e do Instituto Universitário de Lisboa, respectivamente. Liderado por André Ventura, o partido se define como “nacional, conservador, liberal e personalista” e uma “verdadeira alternativa ao socialismo”. Ele propõe a reintrodução da prisão perpétua no sistema de Justiça português, a castração química para pedófilos e o fim das “cirurgias de mudança de sexo pagas pelos contribuintes”, suposto fruto do “marxismo cultural”.

+ Renúncia de António Costa abre caminho para extrema direita portuguesa

Como funcionam as eleições

Embora fale-se em eleição para primeiro-ministro, os portugueses não votam diretamente nos candidatos ao cargo, mas nos partidos, que apresentam uma lista de nomes antes da ida às urnas. Com os resultados em mãos, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (do Partido Social Democrata), participa de reuniões com os líderes partidários e “convida a pessoa que lhe parece ter melhores condições para formar governo”, como explica a RTP. Ou seja, a escolha do premiê não é reflexo do partido ou da coalizão mais votada e, sim, do apoio parlamentar.

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No entanto, o secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, já descartou qualquer forma de aliança à centro-direita para o próximo governo. Independentemente do vencedor, o próximo a assumir a função enfrentará problemas de governabilidade no polarizado legislativo luso.

Em busca dos indecisos, as siglas estarão presentes nos 30 debates televisivos, que acontecerão até 26 de fevereiro. As eleições ocorrem 10 de março. Os embates ocorrem por 30 minutos, com dois postulantes por vez. Na reta final, há um debate geral com todos os candidatos.

O ex-primeiro-ministro António Costa saiu de cena em novembro do ano passado, em meio às investigações de corrupção. Ministros e secretários de Estado, um amigo pessoal e o chefe de gabinete de Costa, assim como ele próprio, foram alvos da megaoperação Influencer, conduzida pelo Ministério Público. Entre os supostos crimes cometidos estão prevaricação, corrupção ativa e passiva e tráfico de influência em negócios ligados à transição energética. Com o vácuo no poder, Rebelo dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições.

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