Parlamento britânico abre investigação contra premiê Sunak
Inquérito sobre conduta do líder do Reino Unido está ligado à participação de sua esposa em uma empresa de cuidados infantis
O Comissário de Normas do Parlamento do Reino Unido abriu uma investigação sobre o primeiro-ministro, Rishi Sunak, no início deste mês, de acordo com uma lista de inquéritos publicada em seu site nesta segunda-feira, 17.
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A lista disse que o assunto sob investigação, que começou no dia 13 de abril, era uma “declaração de interesse”. Um porta-voz de Sunak disse à agência de notícias Reuters que o inquérito está ligado à participação de sua esposa, Akshata Murthy, em uma empresa de cuidados infantis.
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O partido Liberal Democrata, parte da oposição ao governo do Partido Conservador, pediu uma investigação depois que a mídia britânica revelou que a primeira-dama, filha do bilionário Narayana Murthy (apelidado de “Bill Gates indiano”), era acionista de uma empresa que se beneficiaria de uma política de financiamento para creches, anunciada no orçamento de março.
“Estamos felizes em ajudar o Comissário a esclarecer como isso foi declarado, de forma transparente, como um interesse ministerial”, disse o porta-voz de Sunak.
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O Comissário é responsável por monitorar a operação do Código de Conduta e Registros da Câmara dos Comuns, inclusive investigando acusações de violações. A página do comissariado no site do Parlamento não forneceu mais detalhes sobre a possível quebra de conduta.
De acordo com o código de conduta, todos os membros do Parlamento são obrigados a “fornecer informações sobre qualquer interesse financeiro que possa ser razoavelmente considerado por outros para influenciar as ações, discursos ou votos de um membro no Parlamento, ou ações tomadas em sua qualidade de membro do Parlamento”.
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Se a investigação descobrir que Sunak violou o código, o Comissário pode exigir que ele reconheça o erro, se desculpe pela violação e estabeleça medidas para evitar deslizes futuros.
Em casos mais graves, o assunto pode ser encaminhado a uma comissão que tem poder de impor outras sanções, se assim o achar correto. Isso inclui desculpas orais ou escritas, suspensão de salário, suspensão do serviço da Câmara por um período especificado ou expulsão, de acordo com o site do Parlamento.