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Parlamentares abandonam Macron para criar novo partido de esquerda

Sete políticos rompem com a legenda República em Marcha (LREM), deixando presidente francês sem maioria absoluta

Por Da Redação
Atualizado em 19 Maio 2020, 17h21 - Publicado em 19 Maio 2020, 16h58

O presidente da França, Emmanuel Macron, perdeu sua maioria absoluta no parlamento francês nesta terça-feira, 19, com a deserção de sete parlamentares de seu partido República em Marcha (LREM). Os políticos anunciaram a criação da nona legenda com representação na câmara baixa do Parlamento, chamada “Ecologia, Democracia, Solidariedade”.

O partido planeja advogar por “justiça social e ambiental” e disse que não apoiará “nem a maioria, nem a oposição” no parlamento. O novo grupo deve votar de acordo com seu posicionamento perante questões específicas, aumentando a pressão por mais políticas progressistas.

“Sou esquerdista. Para continuar sendo, devo deixar o LREM”, disse o parlamentar Aurélien Taché ao jornal francês Le Journal du Dimanche. Ele se juntou a Macron no início de sua candidatura à Presidência e afirma ter tido um relacionamento próximo com o líder francês.

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A legenda terá 17 membros do Legislativo em suas fileiras, dos quais dez de outros partidos. Com a debandada, o presidente ficará sem maioria absoluta. Agora, o partido de Macron só conta com 288 parlamentares, um a menos da maioria absoluta e bem menos do que os 314 que o presidente tinha quando foi eleito em 2017.

Apesar disso, início de maio havia rumores de deserção bem maior do LREM, de 58 pessoas. Isso indica que os líderes do LREM conseguiram conter a sangria.

A sigla de Macron, formada para levá-lo à Presidência em 2017, já havia sofrido uma série de deserções de parlamentares frustrados por sua centralização na tomada de decisões e por suas políticas pró-mercado.

Desde o movimento dos “coletes amarelos”, em 2018, cresce o descontentamento entre membros da ala esquerdista do LREM, avalia o site de análise Politico. Esses parlamentares dizem que o partido do presidente – que pretendia romper a tradicional polarização esquerda-direita – acabou sendo mais centrista do que anteciparam.

Macron ainda pode contar com o apoio de um parceiro de aliança minoritário, o MoDem, de centro, mas a aritmética pode dar a esta legenda mais influência na formulação de políticas nos últimos dois anos do mandato de Macron.

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