Papa quer visitar Iraque depois da formação de novo governo
A viagem servirá para reforçar as relações bilaterais entre o governo iraquiano e a Santa Sé, segundo o Vaticano
O Ministério de Relações Exteriores do Iraque informou que o papa Francisco deseja visitar o país depois da formação de um novo governo, o que deve acontecer nas próximas semanas. Nas eleições de dezembro, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) saiu-se perdedor.
O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, comunicou a intenção do pontífice ao embaixador iraquiano na Santa Sé, Omer Ahmed Karim Berzinji, durante uma reunião, conforme nota do governo iraquiano. Segundo a BBC, há 1,2 milhão de cristãos no Iraque, a maioria da Igreja Católica Caldeia.
Parolin afirmou que a visita acontecerá “no marco do contínuo apoio da Santa Sé ao Iraque e para reforçar as relações bilaterais” entre os dois Estados.
Berzinji reiterou a Parolin o convite para que Francisco vá ao país levar “uma mensagem de paz entre os filhos das diferentes religiões, após a vitória conseguida contra o grupo terrorista do EI”.
O embaixador iraquiano aproveitou o encontro e parabenizou a escolha de 14 novos cardeais, entre eles o patriarca da Babilônia dos Caldeus, Louis Raphaël I Sako. O título se refere ao líder da Igreja Católica Caldeia, que é uma Igreja particular oriental dentro da órbita do Vaticano.
O governo iraquiano declarou em dezembro do ano passado sua vitória eleitoral contra o EI, que entrou no país em 2014, conquistou grandes partes do território e perseguiu minorias cristãs presentes principalmente no norte.
Cerca de 120.000 cristãos sofreram com o deslocamento forçado em 2014, imposto pela ação do EI, e praticamente a metade deixou o Iraque desde então, segundo a Igreja Católica.