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Papa Francisco lava pés de detentos em Roma

Quebrando tradições, o pontífice realizou a tradicional cerimônia fora das basílicas da capital italiana e incluiu duas meninas entre os 12 escolhidos, uma delas muçulmana

Por Da Redação
28 mar 2013, 16h10
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  • O papa Francisco fugiu novamente da tradição da Igreja Católica na tarde desta quinta-feira, quando realizou a cerimônia do lava-pés. A tradicional repetição do gesto de lavar e beijar os pés dos apóstolos por Jesus na véspera de sua morte costumava ser sempre feita em uma das basílicas de Roma. O novo pontífice, no entanto, resolveu realizá-la no centro de detenção Casal del Marmo, próximo à capital italiana. Além disso, ele incluiu duas meninas entre os 12 menores infratores participantes da cerimônia, uma delas muçulmana.

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    “Quem está no ponto mais alto deve servir aos outros. Isto é um símbolo e um gesto: lavar os pés quer dizer que estou a seu serviço”, explicou Francisco a um grupo de cerca de 50 detentos de várias nacionalidades e religiões, como o cristianismo ortodoxo e o islamismo. Nesta sexta-feira, Francisco participará da Via Crucis em torno do Coliseu romano, simbolizando Jesus carregando uma cruz de madeira antes de sua crucificação. No sábado à noite, ele celebrará a missa de Páscoa na Basílica de São Pedro.

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    Fim do carreirismo – Antes de seguir para a casa de detenção, o pontífice rezou a Missa Crismal diante de 1.600 religiosos, para os quais ressaltou a missão dos sacerdotes em favor dos pobres e excluídos e disse que os padres não podem se acomodar com a posição de “gestores” da Igreja. A missa deu início aos quatro dias de celebrações da Páscoa, comandadas por ele pela primeira vez em seu pontificado.

    “Sabemos a diferença: o intermediário, o gestor não põe sua própria pele e seu próprio coração na linha de frente, nunca escuta uma palavra calorosa e compungida de agradecimento”, disse, na Basílica de São Pedro. Segundo ele, o sacerdote precisa ir ao encontro dos necessitados para encontrar o Senhor. “Não é nas reiteradas introspecções que encontramos o Senhor, nem mesmo nos cursos de autoajuda. O poder da graça cresce na medida em que, com fé, saímos para nos dar a nós mesmos oferecendo o Evangelho aos outros, para dar a pouca unção que temos àqueles que nada têm”.

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    As palavras do pontífice encaixam em seu posicionamento de tornar a Igreja mais humilde adotado no início de seu papado. A própria escolha de seu nome papal indica esse caminho: Francisco quis homenagear São Francisco de Assis, conhecido por suas missões para ajudar os pobres.

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    Sucessor em Buenos Aires – Nesta quinta-feira, o papa Francisco nomeou Mario Aurelio Poli como novo arcebispo de Buenos Aires. Poli, de 65 anos, já foi assistente do ex-cardeal Jorge Mario Bergoglio entre 2002 e 2008 e ocupava o cargo de bispo da diocese de Santa Rosa, na província de La Pampa, há quatro anos. Agora, ele assume a vaga deixada por seu antecessor desde sua eleição como pontífice da Igreja Católica, no dia 13 de março. Essa é a primeira nomeação importante de Francisco.

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    Para homenagear seu antigo arcebispo, o governo da capital argentina apresentou uma grande imagem do pontífice, que ficará exposta na fachada de um edifício em frente ao Obelisco portenho, na Avenida 9 de Julho, uma das principais da cidade. A montagem, de 88 metros de largura por 34 de altura, apresenta uma foto do líder do catoliscismo com os trajes papais em frente a uma bandeira da Argentina. A frase “a cidade celebra com orgulho e alegria o papa Francisco” acompanha a imagem.

    Beatificação – A agenda do papa desta quinta também incluiu a assinatura de decretos que autorizam a beatificação de mais de 60 pessoas, a maioria deles vítimas do nazismo ou do comunismo. O processo, que começou antes de Francisco ser eleito, é dirigido pela Congregação para a Causa dos Santos, que reconhece pessoas como beatas, ou seja, exemplos de vida para os fiéis. No dia 12 de maio, o pontífice presidirá, na Basílica de São Pedro, as primeiras canonizações de seu pontificado.

    (Com agências EFE, AFP e AE)

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