Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Oposição e regime sírios conversam, pela 1ª vez, em Genebra

Negociações diplomáticas que tentam pôr fim à guerra civil no país entram em fase "exclusivamente política', diz Lakhdar Brahimi, mediador da ONU

Por Da Redação
27 jan 2014, 09h21
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O terceiro dia de reuniões em Genebra entre a delegação do governo sírio e a da oposição começou nesta segunda-feira, sempre com a mediação do diplomata Lakhdar Brahimi, mas com a novidade de que desta vez as duas partes lerão declarações formais frente a frente, num ‘diálogo’ que é o primeiro indício de entendimento desde o início da guerra civil, há quase três anos.

    Publicidade

    Na primeira vez que as duas partes se encontraram, neste sábado, todo o diálogo foi feito através do mediador das Nações Unidas, sem as delegações interagirem diretamente. Brahimi adiantou neste domingo que as negociações entram a partir desta segunda-feira “em fase exclusivamente poítica”, após os dois primeiros dias dedicados a questões humanitárias, em particular à aprovação de um corredor humanitário para retirar civis da cidade de Homs e à libertação de prisioneiros.

    Publicidade

    O objetivo das reuniões que começaram nesta segunda-feira é tentar ao menos esboçar um eventual governo de transição. O principal ponto de discórdia ainda é o futuro do ditador Bashar Assad – enquanto a oposição e as potências ocidentais cobram sua saída, seus defensores querem que ela faça parte do governo de transição. Há meses esta é a “linha vermelha” das negociações entre as duas delegações.

    Leia também

    Publicidade

    Oposição veta participação de Assad em eventual governo de transição da Síria

    Síria: regime e oposição concordam em se encontrar

    Publicidade

    ‘Diálogo de surdos’ entre oposição e regime enfraquece conferência de paz

    “Vamos começar a falar da transição da ditadura à democracia”, declarou Luai Safi, membro da delegação da oposição, horas antes do terceiro dia de negociações. “O regime, claramente, não se mostra entusiasmado”, acrescentou Safi. “Vamos ver se o regime está de acordo com uma solução política ou se prefere uma solução militar”, completou. Depois da ameaça de abandono da conferência na sexta-feira, as delegações negociaram em clima, segundo o mediador da ONU Lakhdar Brahimi, de respeito mútuo.

    Publicidade

    Os negociadores dos dois campos inimigos realizaram sessões de trabalho pela manhã deste domingo, juntos na mesma sala, mas não se falaram diretamente, conversando sempre por intermédio de Brahimi. Durante a tarde, as negociações transcorreram em salas separadas e o mediador da ONU se dividia entre os grupos.

    Continua após a publicidade

    Corredor humanitário – Brahimi obteve do regime a promessa de deixar que mulheres e crianças, sitiados há meses no centro de Homs, abandonem a cidade. Mas o anúncio foi recebido com ceticismo entre os rebeldes de Homs, onde a oposição exige garantias de que os civis não serão detidos ao deixarem a cidade. A ONU também espera que os comboios de ajuda humanitária possam entrar nos bairros rebeldes de Homs. Considerada frequentemente como o foco da revolução dos protestos, Homs pagou caro por sua oposição a Assad. Os bairros rebeldes são atacados desde junho de 2012 pelo exército e milhares de sírios vivem ali em condições precárias, sem alimentos ou remédios. (Continue lendo o texto)

    Publicidade

    Os negociadores examinaram também o problema dos prisioneiros e desaparecidos. Os negociadores da oposição afirmam que possuem uma lista de 47.000 pessoas detidas arbitrariamente nas prisões do regime. Eles cobram a liberdade imediata dessas pessoas. “A prioridade é soltar as mulheres, as crianças e os idosos”, declarou Monzer Aqbiq, porta-voz da delegação opositora.

    (Com agências EFE e France-Presse)

    Continua após a publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.