OMS diz que surto de ebola no Congo está se estabilizando

Vírus não se espalhou tão rapidamente graças à vacinação; não há novos casos desde meados de maio

Por Da Redação
Atualizado em 8 jun 2018, 22h24 - Publicado em 8 jun 2018, 19h55

Profissional da saúde tira roupa de proteção após visitar o hospital de Bikoro, na República Democrática do Congo, que recebeu novos casos do vírus Ebola - 12/05/2018 (Jean Robert N'Kengo/Reuters)

O surto de ebola na República Democrática do Congo está se estabilizando, dando motivos para otimismo cauteloso, disse o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (8).

“Estamos otimistas, cautelosamente otimistas”, disse o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, à agência de notícias Reuters.

Ghebreyesus disse que viajará ao Congo no domingo (10) para checar o progresso após um mês de surto, e disse que também irá ao país vizinho República Centro-Africana como parte de um esforço para reforçar sistemas de saúde no frágil e pobre país.

O vírus fatal matou 27 pessoas desde que o surto começou em abril, e houve outros 62 casos, dos quais 38 foram confirmados em laboratório. Outros 14 são prováveis casos de ebola, e mais 10 pessoas estão sob suspeita.

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Em contraste a surtos anteriores de ebola, trabalhadores de saúde agiram rapidamente para impedir que o vírus se espalhasse ao vacinar todos que tiveram contato com pacientes de ebola, e todos que tiveram contato com esses contatos primários.

Usar a vacina para proteger pacientes com certeza diminuiu a propagação da doença, disse o vice-diretor-geral da OMS para Preparação de Emergência e Resposta Peter Salama durante coletiva de imprensa na sede da OMS em Genebra.

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Não houve nenhum caso novo desde meados de maio em duas das três áreas atingidas pela doença – a zona de Bikoro, onde ocorreu o surto inicial, e a cidade de Mbandaka -, disse ele, descrevendo que a resposta das autoridades de saúde demonstrou “progresso muito forte”.

“Nós temos mais motivos para otimismo porque agora nós alcançamos mais de 98% dos contatos com vacinação”, disse Salama.

(Com Reuters)