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Ocidente enviará armamento mais letal à Ucrânia

Aliados ocidentais enviarão veículos blindados e artilharia de longo alcance

Por Matheus Deccache Atualizado em 31 mar 2022, 19h40 - Publicado em 31 mar 2022, 19h33

O secretário de Estado para Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, disse nesta quinta-feira (31) que os países do Ocidente concordaram em enviar veículos blindados e artilharias de longo alcance para a Ucrânia em uma conferência especial que reuniu mais de 35 países, incluindo os Estados Unidos

Wallace, que convocou o evento, anunciou que “mais ajuda letal” entraria na Ucrânia nos próximos dias, mas que não incluiria tanques e outros armamentos mortais pedidos pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na semana passada. 

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De acordo com ele, o país precisa de artilharia de longo alcance para conseguir fazer frente à ofensiva russa às suas cidades, principalmente em Mariupol, que tem sido um dos principais alvos desde o início do conflito, em 24 de fevereiro. 

O compromisso em fornecer itens de artilharia, granadas e veículos blindados representam um avanço em relação ao armamento anterior fornecido pela Otan, que consistia em elementos defensivos. 

Na última semana, Zelensky pediu repetidamente às nações ocidentais que fornecessem caças, tanques e armamento sofisticados de defesa antiaérea para que seu país tivesse alguma chance de responder à ofensiva. 

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Durante discurso na reunião da Otan, o líder ucraniano pediu “assistência militar sem restrições”, demandando especificamente “1% de todos os seus aviões e tanques” porque a Rússia estava usando todo o seu arsenal contra a Ucrânia. 

+ Apesar da promessa, Rússia está reagrupando forças para ataques, diz Otan

Os líderes ocidentais, no entanto, veem com cautela o fornecimento de armas ofensivas ao país, principalmente caças, temendo que isso provoque uma retaliação por parte de Moscou, que possui armas nucleares. 

Mais de 35 países participaram da conferência de doadores, incluindo nações não europeias como Japão, Coreia do Sul e Nova Zelândia, embora seus compromissos individuais não tenham ficado claros. Enquanto alguns países pretendem fornecer à Ucrânia seus próprios armamentos, outros defendem o oferecimento de dinheiro para que Kiev compre suas próprias armas. 

Nos últimos dias, o Kremlin parece ter deixado de lado a tentativa de capturar a capital ucraniana e voltou seus esforços para conquistar Mariupol, que fornece uma passagem por terra entre a região da Crimeia e o território russo, e as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia. 

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O problema militar mais claro se dá pela diferença de poderio militar entre ambas as nações, tornando incerto até quando os ucranianos irão conseguir se defender dos ataques feitos pelas tropas russas. Segundo autoridades do país, mais de cinco mil civis morreram em Mariupol, número que não tem como ser confirmado devido ao andamento do conflito. Em resposta, a Rússia nega veementemente que tenha atacado alvos não militares.

Durante a cúpula, os países presentes concordaram ainda em fornecer sistemas de defesa costeira, de modo a impedir que navios de guerra russos no Mar Negro lancem mísseis de cruzeiro em direção à terra.

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Muitos aliados ocidentais estão esgotando seus próprios estoques para abastecer a Ucrânia desde o início do conflito. No entanto, o secretário permanente do Ministério da Defesa do Reino Unido, David Williams, disse que o país está solicitando aos fabricantes de armas que aumentem a produção para reabastecer o que já foi usado. 

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