Número de mortos em deslizamento nos EUA sobe para 24
Terra e lama soterraram 49 imóveis no estado de Washington. Equipes de resgate correm contra o tempo em busca de mais de cem desaparecidos

Subiu para 24 o número de mortos no deslizamento de terra ocorrido no último sábado, na zona rural do estado de Washington, depois que as equipes de resgate encontraram dez novos corpos nesta terça-feira. Os socorristas continuam trabalhando contra o tempo no local, em busca de mais de cem pessoas que estão desaparecidas.
O deslizamento em uma região rural perto da cidade de Oso, ao norte de Seattle, atingiu uma área de 2,5 quilômetros quadrados e foi provocado pelo acúmulo de água no solo após as fortes chuvas que atingiram o local no mês passado. A terra e a lama soterraram 49 imóveis de um pequeno povoado onde vivem cerca de 200 pessoas. O acidente ocorreu na manhã de sábado, quando a maioria dos moradores estava em casa.
Resgate – O presidente Barack Obama assinou na terça uma declaração de emergência para acelerar a resposta ao acidente, mas no local do deslizamento o abatimento já começa a tomar conta das equipes de resgate e dos familiares dos desaparecidos – segundo a Defesa Civil, 176 pessoas podem estar soterradas. Chefe dos bombeiros, Travis Hots se disse decepcionado por não ter encontrado “nenhum sinal de vida” em quatro dias de buscas intensas e ofereceu condolências aos que perderam familiares na tragédia. A instabilidade do terreno e a ameaça de novas chuvas complicam ainda mais os trabalhos de resgate.
Apesar das perspectivas ruins, o responsável pelo departamento de Defesa Civil do condado, John Pennington, tentou mostrar otimismo. “Já disse isto antes, eu acredito em milagres. Acredito que as pessoas sobrevivam a incidentes como este”, afirmou, insistindo que o fato de haver 176 desaparecidos não quer dizer que todos eles tenham morrido.
Responsabilidades – As autoridades americanas consideram que as fortes chuvas e a geologia da região provocaram o acidente e Pennington classificou o deslizamento como “completamente imprevisível”. Especialistas consultados pela imprensa local, no entanto, acreditam que um trabalho de prevenção e o uso de materiais de melhor qualidade nos imóveis poderiam ter minimizado a catástrofe. Além disso, relatórios geológicos aos quais o jornal Seattle Times teve acesso advertiam que a área estava em perigo.
(Com agência EFE)