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Nova geração de bilionários ganha mais com herança do que com trabalho

Relatório do banco suíço UBS, preferido dos super-ricos, mostrou que bilionários de hoje vão repassar US$ 5,2 trilhões aos seus filhos nos próximos 20 anos

Por Da Redação
Atualizado em 30 nov 2023, 13h36 - Publicado em 30 nov 2023, 11h29

Um relatório do banco suíço UBS, queridinho dos super-ricos, revelou nesta quinta-feira, 30, que a fortuna da nova geração de bilionários do mundo, pela primeira vez, deve-se mais ao patrimônio herdado de seus ancestrais do que ao seu próprio trabalho.

De acordo com o UBS, esta é a primeira vez nos nove anos de história do seu relatório anual sobre as fortunas dos 0,00004% mais ricos da sociedade que “a próxima geração de bilionários acumulou mais riqueza através de herança do que do empreendedorismo”.

Das 137 pessoas que se tornaram bilionárias nos 12 meses até abril deste ano, 53 herdaram um total combinado de US$ 150,8 bilhões (R$ 743,4 bilhões) de suas famílias. Isto excede os US$ 140,7 bilhões (R$ 693,3 bilhões) criados por 84 novos multimilionários “self-made” durante o mesmo período.

“Este é um tema que esperamos ver mais nos próximos 20 anos, à medida que mais de 1.000 bilionários transferirem cerca de US$ 5,2 trilhões para seus filhos”, disse Benjamin Cavalli, chefe de clientes estratégicos do UBS Global Wealth Management.

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Fenômeno global

O relatório afirma que a crescente importância destas famílias pode ser observada “em todas as principais regiões geográficas”.

  • Na região da Ásia-Pacífico, a riqueza média dos herdeiros era de US$ 2 bilhões (R$ 9,8 bilhões), em comparação com US$ 1,6 bilhões (R$ 7,8 bilhões) dos empresários;
  • Nas Américas, herdeiros acumulam fortunas de US$ 2,2 bilhões (R$ 10,8 bilhões) em média, contra US$ 1,5 bilhões (R$ 7,3 bilhões) dos empresários;
  • Na Europa, Oriente Médio e África (EMEA), a riqueza média dos herdeiros é de US$ 4,4 bilhões (R$ 21,6 bilhões), quase o dobro dos empresários, com US$ 2,2 bilhões (10,8 bilhões).

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Debate sobre impostos aos super-ricos se intensifica

No geral, o número de bilionários em todo o mundo aumentou 7%, para 2.544, neste ano, enquanto sua riqueza combinada cresceu 9%, para US$ 12 trilhões (R$ 59,1 trilhões), segundo o UBS – quatro vezes maior que o PIB do Reino Unido, por exemplo.

Em paralelo, também se intensifica o debate sobre o imposto sobre heranças e grandes fortunas, que poderia contribuir para o pagamento dos serviços públicos e ajudar os mais afetados pela inflação e a crise do custo de vida.

O relatório afirma que as heranças da próxima geração de bilionários são “apenas a ponta do iceberg”.

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“À medida que um número crescente de magnatas precoces envelhece, a responsabilidade começa a passar para os seus herdeiros, promovendo potenciais futuras famílias bilionárias multigeracionais”, disse o UBS. “No longo prazo, a riqueza excepcional resultante do boom da atividade empresarial desde a década de 1990 estabeleceu uma base para  futuras gerações de famílias bilionárias.”

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