Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

No Iraque, banimento de bebidas alcoólicas irrita cristãos

Partido Cristão afirma que a medida, ligada à religião muçulmana, é antidemocrática e não respeita as liberdades individuais

Por Da Redação
Atualizado em 6 mar 2023, 10h43 - Publicado em 6 mar 2023, 10h43

Políticos do Partido Cristão do Iraque estão tentando reverter uma lei que proíbe a importação e venda de álcool no país. O banimento entrou em vigor em fevereiro e os funcionários da alfândega já receberam ordens para barrar a entrada dos produtos no território iraquiano.

Os cristãos, que têm cinco assentos no Parlamento do país, afirmam que a medida é antidemocrática. Ainda está incerto se o Supremo Tribunal Federal vai derrubar a proposta.

A lei impõe uma multa de até 25 milhões de dinares iraquianos, cerca de R$ 88 mil, para o contrabando de bebida alcoólica. Ela foi aprovada em 2016, mas só se oficializou no mês passado, sete anos depois.

Os membros do “Movimento Babilônia” afirmam que a regulamentação é inconstitucional, porque ignora os direitos das minorias e restringe a liberdade individual. Para eles, a lei também ignora um decreto do governo publicado no Diário Oficial dia 20 de fevereiro, que estabelece um imposto de 200% sobre todas as bebidas alcoólicas importadas pelos próximos quatro anos.

+ Arqueólogos descobrem palácio de 4.500 anos no Iraque

O projeto foi proposto por Mahmoud al-Hassan, então juiz e legislador da Coalizão do Estado de Direito do Iraque. Segundo ele, a lei está de acordo com o Artigo 2 da Constituição do país, que proíbe qualquer lei vá contra o Islã.

A cultura iraquiana é predominantemente muçulmana e grande parte das pessoas desaprova o consumo público de álcool. Porém, até fevereiro, os produtos podiam ser comprados em em lojas de bebidas ou bares licenciados.

Críticos da legislação acreditam que a venda de bebidas do tipo será empurrada para o mercado ilegal e dizem que, mesmo reconhecendo que os ensinamentos muçulmanos proíbem o consumo de álcool, a liberdade individual deve ser respeitada.

“Essas são liberdades pessoais que você não pode proibir os cidadãos de praticar”, disse Sarmad Abbas, um agente imobiliário de Bagdá, à agência de notícias AFP.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.