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Arqueólogos descobrem palácio de 4.500 anos no Iraque

Local foi descrito como 'um dos mais fascinantes que já visitei' por Hartwig Fischer, diretor do Museu Britânico

Por Da Redação Atualizado em 17 fev 2023, 18h22 - Publicado em 17 fev 2023, 18h22

Um palácio de cerca de 4.500 anos foi descoberto no Iraque e pode ser considerado uma peça essencial para informações sobre uma das primeiras civilizações conhecidas, os sumérios. O local foi descrito como “um dos locais mais fascinantes que já visitei” por Hartwig Fischer, diretor do Museu Britânico.

O Palácio do Senhor dos Reis foi encontrado por um time de arqueólogos britânicos e iraquianos em Tello, no sul iraquiano, e fazia parte da antiga cidade suméria de Girsu. Também foram achadas mais de 200 tábuas cuneiformes, que contêm os registros administrativos da região.

Apesar da importância dessa pesquisa, muitos chegaram a duvidar que existia algo a ser explorado na região. O arqueólogo Sebastien Rey, líder do projeto, conta que quando falou pelas primeira vezes sobre o palácio, outros pesquisadores não acreditaram nas suas hipóteses.

“Todo mundo basicamente me disse: ‘Ah, não, você está inventando, está perdendo seu tempo, está desperdiçando o financiamento do governo do Museu Britânico do Reino Unido’ – isso é o que eles estavam me dizendo”, disse ele.

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Uma das primeiras cidades conhecidas na história da humanidade, Girsu foi construída pelos sumérios e descoberta há 140 anos. Desde então o local tem sido alvo de saques e escavações ilegais.

Por isso, em 2015, um colaboração arqueológica foi estabelecida entre as autoridades locais e o Museu Britânico para treinar iraquianos para explorar Girsu. A colaboração também é uma resposta à destruição de importantes patrimônios patrimoniais no Iraque e na Síria pelo Estado Islâmico. As primeiras paredes de tijolos de barro do palácio, descobertas no ano passado, estão desde então no Museu do Iraque, em Bagdá.

Além do palácio e das tábuas, os pesquisadores também encontraram um templo dedicado ao deus sumério Ninĝirsu. Antes dessa descoberta, o deus só era conhecido por conta de antigas escrituras sumérias.

Os sumérios são a civilização mais antiga conhecida na região histórica da Mesopotâmia. Estudos sobre eles apontam que, que entre 3.500 e 2.000 a.C. inventaram a escrita, construíram as primeiras cidades e criaram os primeiros códigos legais. Eles também aperfeiçoaram várias formas existentes de tecnologia, incluindo a roda, o arado e a matemática.

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A descoberta de Girsu é celebrada por trazer à luz alguns dos monumentos mais importantes da arte e arquitetura da Mesopotâmia. A cidade foi o que revelou a existência dos sumérios para a comunidade científica internacional.

“Embora nosso conhecimento do mundo sumério permaneça limitado hoje, o trabalho em Girsu e a descoberta do palácio e templo perdidos têm um enorme potencial para nossa compreensão dessa importante civilização, lançando luz sobre o passado e informando o futuro”, afirmou Fischer, diretor do Museu Britânico. “Este programa inovador fornece suporte crítico para o sítio arqueológico de importância única de Girsu, por meio do treinamento de especialistas iraquianos encarregados de seu desenvolvimento para arqueologia e turismo sustentáveis”.

O ministro da cultura do Iraque, Ahmed Fakak Al-Badrani, falou sobre a importância da cooperação entre os cientistas iraquianos e britânicos.

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“As escavações arqueológicas britânicas no Iraque revelarão ainda mais eras antigas significativas da Mesopotâmia, pois é um verdadeiro testemunho dos fortes laços entre os dois países para aumentar a cooperação conjunta entre os dois países”, disse.

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