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Mulheres afegãs desafiam ordens do Talibã sobre uso de véu

Decreto do grupo fundamentalista que lidera o Afeganistão prevê punição para mulheres que não cobrirem seus rostos em público

Por Da Redação
12 Maio 2022, 11h30
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  • Muitas mulheres de Cabul, capital do Afeganistão, estão resistindo com protestos ao retorno do uso da burca, véu que cobre completamente o rosto. Manifestações despontaram na cidade após um decreto do governo Talibã, que impõe punições caso as afegãs não obedecessem à regra de vestimenta em público.

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    O Talibã, que retomou o poder em agosto de 2021, ordenou no último sábado 7, que mulheres cobrissem seus rostos em público, um retorno ao seu antigo regime de linha dura. O uso da burca, que permite que as mulheres enxerguem apenas através de uma pequena grade de tecido, era obrigatório durante o governo anterior do grupo fundamentalista, entre 1996 e 2001.

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    O decreto do líder supremo do grupo, Haibatullah Akhundzada, prevê que se uma mulher não usar a cobertura facial fora de casa, seu pai ou parente masculino mais próximo pode ser preso ou demitido de cargos públicos.

    Ainda não há informações sobre a efetiva aplicação das penas. As autoridades do Talibã disseram que primeiro se concentrariam em “encorajar” a adesão ao costume.

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    Em Cabul, pelo menos dois protestos aconteceram esta semana, em que manifestantes criticavam as tentativas de limitar a presença da mulheres na vida pública. “Queremos ser conhecidas como criaturas vivas, queremos ser conhecidas como seres humanos, não escravas presos no canto da casa”, disse uma manifestante.

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    Em reação ao retorno da restrição, muitas mulheres estão se recusando a adotar o acessório, outras estão ficando em casa e algumas estão usando máscaras cirúrgicas contra a Covid-19. Por motivos religiosos, a maioria das afegãs usa um lenço na cabeça, o hijab, que cobre o cabelo, mas o rosto aparente.

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    Fora de Cabul, havia alguns sinais de que o novo decreto já aumentou o rigor da supervisão do vestuário feminino. Uma médica no sudeste do Afeganistão disse à Reuters que as autoridades do Talibã disseram a ela para não tratar mulheres sem acompanhante e burca. Também houve relatos de repreensão do uso de lenços coloridos, que deveriam ser substituídos pelo preto.

    A nova regra se junta a outras restrições aos direitos das mulheres, que agora são impedidas de viajar longas distâncias sozinhas, trabalhar em áreas profissionais que não saúde ou educação, e de frequentar escolas

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    O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reunirá nesta quinta-feira, 12, para discutir a situação das afegãs. Os Estados Unidos disseram que aumentarão a pressão sobre o governo do Talibã.

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