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Modi é reeleito e amplia sua base de apoio no Parlamento da Índia

Partido do premiê e seus aliados devem ficar com mais de 340 cadeiras, o suficiente para ter maioria na Câmara dos Deputados

Por Da Redação
Atualizado em 23 Maio 2019, 13h30 - Publicado em 23 Maio 2019, 09h09

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, foi reeleito para mais um mandato, segundo os resultados preliminares da apuração do pleito divulgados nesta quinta-feira, 23. O Partido do Povo Indiano (BJP), de Modi, conquistou 301 das 545 cadeiras no Parlamento e, com aliados, alcançará o apoio de 340 deputados.

O opositor Partido do Congresso, presidido por Rahul Gandhi, obteve apenas 50 cadeiras – sete a mais do que em 2014. O próprio Ghandi não conseguiu ser eleito.  A vantagem do BJP dará a Modi margem suficiente para tocar sua agenda nacionalista hindu.

“Obrigado, Índia. A fé depositada em nossa aliança nos dá humildade e força para trabalhar ainda mais para cumprir as aspirações do povo”, escreveu Modi no Twitter após a divulgação dos resultados parciais. “O povo elegeu Modi primeiro-ministro, e eu respeito isso”, disse Gandhi, ao reconhecer sua derrota.

 

A eleição foi a maior na história da democracia, com quase 879 milhões de eleitores, e considerada um referendo sobre o atual primeiro-ministro e suas políticas. O pleito transcorreu durante seis semanas e quebrou todos os recordes em termos de volume e complexidade, a um custo aproximado de 7 bilhões de dólares.

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O resultado foi visto como um voto de confiança em Modi e em seu partido. Atualmente, a coalizão formada pela legenda do premiê e outros grupos aliados tem 245 assentos na Câmara dos Deputados.

Muitos acreditam que, agora, o premiê usará o resultado eleitoral favorável para fazer mudanças econômicas duras, como relaxar regras de contratação e demissão de empregados – tema sensível em um país com 80% dos trabalhadores na informalidade. Outros ainda temem que Modi concentre mais poder.

Uma coalizão de partidos oposicionistas foi formada para tentar derrotar o BJP. Rahul Gandhi, 48, do Partido do Congresso, foi um duro adversário do atual premiê, apesar dos resultados. Mas, apesar do peso de sua família Nehru-Gandhi e de sua agenda em favor das minorias, a performance eleitoral de sua legenda foi pífia.

O rival argumentava que o país não havia crescido o prometido por Modi e que houve uma crise no mercado de trabalho provocada pela retirada de circulação de cédulas de rupia – uma tentativa do governo de forçar a população a abrir contas bancárias.

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As notícias falsas e imagens manipuladas foram abundantes durante a campanha, como as que mostravam Gandhi e Modi almoçando com Imran Khan, o primeiro-ministro do Paquistão. Houve também mortes. Os rebeldes maoistas que se opõem ao Estado indiano mataram 15 soldados e um motorista no estado de Maharashtra, no oeste do país, em 1º de maio.

Confrontos ocorreram no estado-chave de Bengala Ocidental, onde o BJP esperava compensar a perda de apoio em Uttar Pradesh, o mais populoso. Rahul Gandhi tentou atacar Modi em várias frentes, especialmente em um suposto caso de corrupção em um acordo de defesa com a França e nas dificuldades dos agricultores e da economia indiana.

Ambos trocaram insultos diariamente: Modi chamava Gandhi de “burro”, que por sua vez acusava o primeiro-ministro de ser “ladrão”.

Esta foi a 17ª eleição geral da história da Índia, o segundo país mais populoso do mundo, com 1,3 bilhão de habitantes. Os indianos escolheram 543 dos 545 integrantes da Lok Sabha, a Câmara dos Deputados, e, com isso, definiram o líder que governará o país até 2024.

Segundo a legislação indiana, o partido detentor da maioria das cadeiras do parlamento indica o primeiro-ministro. Modi, neste caso, já está garantido como novo premiê.

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(Com Estadão Conteúdo e AFP)

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