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Militar brasileiro assumirá subcomando do Exército Sul dos EUA

General da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada será encarregado pela área de assistência humanitária e alívio de desastres

Por Da redação
Atualizado em 22 fev 2019, 21h23 - Publicado em 22 fev 2019, 20h34

Pela primeira vez, um oficial do Exército brasileiro assumirá um posto no Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos. A convite das autoridades militares americanas, o Ministério da Defesa designou nesta sexta-feira, 22, o general Alcides Valeriano de Faria Júnior para ocupar o Subcomando de Interoperabilidade do Exército Sul americano.

Subordinado ao Comando Sul, o general de 52 anos de idade estará encarregado da áreas de assistência humanitária e de alívio de desastres do Exército Sul americano. Alcides Valeriano ocupa atualmente o comando da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada de Ponta Grossa.

As negociações para a indicação de um brasileiro para o posto começaram em 2017. A nomeação foi anunciada pelo comandante do Comando Sul, almirante Craig Faller, durante pronunciamento no Senado americano, no último dia 9.

“[Os Estados Unidos estão] trabalhando com [países] aliados e parceiros para desenvolver o conceito de uma força-tarefa multinacional capaz de agir em diferentes escalas, dentro das estruturas de cooperação de segurança já existentes, para melhorar a capacidade coletiva de responder rapidamente às crises”, disse.

De acordo com o general Edson Leal Pujol, Comandante do Exército brasileiro, Alcides Valeriano trabalhará junto ao Comando Sul e estará subordinado às autoridades americanas.

A data em que o brasileiro deixará o comando da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada para assumir o novo posto ainda não está definida. O general substituirá um oficial chileno no Subcomando de Interoperabilidade.

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Atribuições

“A missão do general Alcides será atuar como ligação entre o Brasil e o Comando Sul. Ele será um assessor do comando e estará subordinado às autoridades americanas, da mesma forma como um oficial de outro país que participasse de um comando conjunto no Brasil ficaria subordinado as nossas Forças Armadas”, disse Pujol.

Segundo o Exército, entre as atribuições do general Alcides Valeriano estará apoiar os esforços do Exército do Sul e do Comando Sul “no sentido de desenvolver uma visão multinacional para responder a necessidades de assistência humanitária e facilitar o desenvolvimento e o aprimoramento dos esforços para melhorar a interoperabilidade entre os Estados Unidos e as nações amigas, em apoio à missão e às linhas de esforços do Exército Sul dos Estados Unidos”.

Na prática, Alcides Valeriano vai monitorar e liderar as seções envolvidas em exercícios de treinamento e operações de assistência humanitária e alívio de desastres, além de encorajar as nações parceiras a colaborar na realização de pesquisas.

Para o comandante do Exército brasileiro, o fato de um brasileiro assumir um posto-chave no Comando Sul das Forças Armadas é mais um reconhecimento da competência dos militares brasileiros. “É um reconhecimento do nosso valor, da nossa competência. E decorre, principalmente, das nossas participações em missões internacionais e nas conferências, seminários e intercâmbios em outros países”.

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Comando Sul

O Comando Sul é formado por mais de 1.200 militares e civis do Exército, Marinha, Força Aérea, Fuzileiros Navais e Guarda Costeira americana, além de agentes de várias outras agências federais dos Estados Unidos e de outros países.

Encarregado de executar e zelar pela política de segurança externa dos Estados Unidos para a América Central, América do Sul e Caribe (com exceção às comunidades, territórios e possessões ultramarinos dos EUA), o Comando Sul também é responsável por garantir a defesa do Canal do Panamá.

Em nota, o Ministério da Defesa lembrou que as Forças Armadas brasileiras já atuam em cooperação com vários países, inclusive participando de exercícios militares internacionais.

A pasta também destaca que a presença de um oficial brasileiro no Comando Sul demonstra o “valor da atuação das Forças Armadas brasileiras e da formação em operações combinadas”. A pasta destaca que a participação brasileira fortalecerá a formação e o treinamento militares e contribuirá para elevação da capacidade “operativa e de interoperabilidade” brasileira.

(Com Agência Brasil)

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