Ex-ministro da Defesa será o novo diretor brasileiro da Itaipu
Joaquim Silva e Luna foi nomeado nesta quinta-feira, 21; vice-almirante Anatalício Risden Júnior vai ocupar a diretoria financeira da usina
O ex-ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, foi nomeado como o diretor-geral brasileiro da Usina Hidrelétrica de Itaipu, em decreto publicado nesta quinta-feira, 21, no Diário Oficial da União. O vice-almirante Anatalício Risden Júnior vai ocupar a diretoria financeira da usina. Os dois substituem Marcos Vitório Stamm e Mário Antônio Cecato, respectivamente. Os mandatos vão até 16 de maio de 2022.
Luna comandará a parte brasileira da usina, que pertence ao Brasil e ao Paraguai, e terá, entre outros compromissos, iniciar as tratativas para a renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu. Assinado em 1973, o documento prevê que em 2023 haverá revisão dos valores para a venda ao Brasil de parte da energia produzida a que o Paraguai tem direito (50% da energia produzida).
A discussão sobre a revisão do Anexo C também vai recair sobre a possibilidade de permitir que a energia da usina seja vendida a qualquer comprador e não somente entre os dois países. A energia vendida ao Brasil abastece clientes nas regiões Sul e Sudeste. Uma redução no volume ofertado ao Brasil ou o aumento no preço cobrado pela energia importada poderiam afetar a tarifa de energia elétrica no Brasil.
Com um orçamento de 3,5 bilhões de dólares, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada. Atualmente a usina responde por 17% do mercado brasileiro de eletricidade e 85% do consumo paraguaio.
O general da reserva Silva e Luna foi o primeiro militar a ocupar a chefia do Ministério da Defesa. Ele é doutor em Ciências Militares pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. O vice-almirante Anatalício Risden Júnior, é mestre em Ciências Navais e doutor em Altos Estudos de Política e Estratégia – Marítimas. Desde 2015, é consultor da Fundação Getulio Vargas (FGV).
(Com Agência Brasil)