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México convida Brasil e países latinos para aliança anti-inflação

López Obrador revelou que chegou a conversar com diversos líderes, entre eles Lula, o argentino Alberto Fernández e o cubano Díaz-Canel

Por Mafê Firpo 2 mar 2023, 18h52

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou nesta quinta-feira, 2, que convidou líderes latino-americanos para uma aliança econômica anti-inflacionária. A tentativa de conter o aumento da inflação incluiria inicialmente a Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba e Honduras.

“Vamos levar adiante um plano anti-inflacionário, de ajuda mútua para o crescimento, de intercâmbio econômico comercial com os países latino-americanos”, disse o presidente mexicano em uma entrevista coletiva.

Para que o projeto da aliança fosse concretizado, López Obrador revelou que chegou a conversar nesta quarta-feira 1 com os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, de Cuba, Miguel Díaz-Canel, da Argentina, Alberto Fernández, e inclusive com Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Faltam chamadas, embora Alberto Fernández tenha prometido fazê-las com o presidente do Chile e com o presidente da Bolívia, Gabriel Boric e Luis Arce, e vou falar hoje com a senhora Xiomara Castro, de Honduras”, acrescentou o mexicano. 

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Sem revelar mais detalhes da aliança econômica e sobre quais países aceitaram participar, López Obrador anunciou um encontro virtual com os chefes de Estado no dia 5 de abril. Segundo ele, depois desta reunião o encontro com estes presidentes seria presencial.

“Os chanceleres, os secretários do Tesouro, da Economia e do Comércio vão começar a trabalhar para buscar trocas na importação e exportação de alimentos e outros bens , com o propósito de enfrentarmos juntos o alto custo da vida”, aprofundou mais um pouco sobre o assunto. 

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Atualmente, a alta de preços no México é contínua e o país registrou uma inflação geral de 7,91% em janeiro. O número marca o maior nível inflacionário registrado nos primeiro mês do ano em duas décadas. Além disso, em dezembro, o México registrou uma inflação de 7,82%, também considerada o maior fechamento de um ano neste século.

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O chefe de Estado do México reconheceu ter dificuldades para lidar com o aumento dos preços dos alimentos. No entanto, ele argumentou que a crescente nos valores é um “fenômeno mundial” e que “foi precipitado pela guerra na Ucrânia”

Assim, para ele, a aliança poderia trazer uma esperança para o futuro, principalmente porque ela “tem a ver com alimentação, obtenção de preços, eliminação de tarifas, barreiras que impedem a obtenção de alimentos a um bom preço para o mercado interno dos países”.

Já no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em janeiro o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,55%. O número registrou uma desaceleração em relação a dezembro, que avançou 0,62%. No entanto, em fevereiro, a prévia da inflação ficou em 0,76%, acelerando em relação ao mês anterior.

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A partir de junho, a alta dos preços vai poder ser contida em alguns países latino-americanos graças ao aumento das taxas de juros e outras medidas adotadas pelos governos. Apenas a Venezuela, Argentina, Cuba, Haiti e Suriname não vão conseguir conter a crescente nos valores, já que, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), sofrem de “inflação crônica” há vários anos.

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